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A rede terrorista Al-Qaeda ainda tenta obter armas de destruição em massa (ADM), segundo um relatório da Casa Branca divulgado nesta terça-feira.

"Não devemos perder de vista o desejo persistente da Al-Qaeda de conseguir armas de destruição em massa, num momento em que o grupo continua tentando adquirir e utilizar material químico, biológico, radiológico ou nuclear", indica o informe da Segurança Interna da Casa Branca.

O informe, que pede que seja redobrada a coordenação antiterrorista em todos os níveis do governo americano, disse que a Al-Qaeda segue sendo "a mais séria e perigosa" ameaça contra os Estados Unidos.

A Casa Branca pediu mais uma vez ao Congresso, dominado pelos democratas, que amplie as prerrogativas legais das agências de inteligência do país para interrogar suspeitos de terrorismo "enquanto são protegidas as liberdades civis dos americanos".

Após o fracasso do governo em impulsionar as reformas migratórias no Congresso, o informe pede que seja aumentada a capacidade de deter e expulsar estrangeiros ilegais, "incluindo criminosos e terroristas potenciais".

"Hoje nossa nação é mais segura, mas ainda não estamos seguros", disse o presidente George W. Bush em uma carta que acompanha o informe, intitulado "Estratégia Nacional para a Segurança da Pátria".

O informe ressalta que "nossos esforços também devem incluir a prevenção de ataques em casa e no exterior".

"Iremos frustrar os planos do inimigo e reduziremos o impacto de futuros desastres através de medidas que melhorem a resistência de nossa economia e infra-estrutura crítica antes que aconteça um incidente", afirma o documento.

O informe é baseado em uma "avaliação nacional de inteligência", realizada em julho, que adverte que a Al-Qaeda está novamente em atividade, o que estimulou discursos inflamados dos democratas para deter o que os críticos chamam de perigosa guerra de distração no Iraque.

Desde os ataques de 11 de setembro de 2001, a "guerra contra o terrorismo" conduzida pelos Estados Unidos privou o grupo de seu refúgio seguro no Afeganistão e abalou sua capacidade de atacar, segundo a avaliação.

No entanto, "o grupo protegeu seu alto comando, substituindo seus tenentes operacionais e reformando refúgios seguros nas áreas tribais administradas pela Federação do Paquistão, onde concentra sua capacidade", acrescenta o documento.

"Além disso, apesar de ter descoberto apenas alguns indivíduos nos Estados Unidos com vínculos com o alto comando da Al-Qaeda, o grupo provavelmente intensificará seus esforços para colocar (agentes) operacionais aqui", indica o informe.

Outra organização que representa uma potencial ameaça aos Estados Unidos é o grupo xiita libanês Hezbollah, alerta o informe.

"O Hezbollah pode considerar um ataque à nação caso perceba que os Estados Unidos representam uma ameaça direta ao grupo ou ao Irã, seu principal patrocinador", indica o relatório.

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