Madri - As forças espanholas de segurança ficaram ontem em alerta máximo pelo 50.º aniversário da fundação do grupo separatista Pátria Basca e Liberdade (ETA), ao qual são atribuídos dois atentados nos quais duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos últimos dias.
"O governo deu instruções às forças de segurança para que aumentem ao máximo a vigilância, para que redobrem a entrega, para que se esforcem ainda mais e também para que se protejam", anunciou o primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero.
A intensificação da presença policial pode ser percebida em todo o p aís desde os primeiros minutos de ontem, com postos de controle estabelecidos inclusive em algumas áreas dentro de grandes cidades.
O governo espanhol acusa o ETA de estar por trás de dois ataques a bomba perpetrados esta semana no país. Ontem, dois agentes da Guarda Civil morreram em um atentado em Mallorca, nas Ilhas Baleares. Na quarta-feira, dezenas de pessoas ficaram feridas na explosão de um carro-bomba em Burgos, no norte da Espanha. Nos dois casos, os alvos foram alojamentos da Guarda Civil.
Se confirmada a autoria dos ataques, os atentados desta semana representariam uma tentativa de demonstração de força do ETA depois de uma sucessão de reveses em ações promovidas pelas polícias da Espanha e da França.
Mesmo enfraquecida, a organização foi responsabilizada por nove ataques neste ano.
Fundado em 31 de julho de 1959, o ETA é responsabilizado por mais de 800 mortes desde o fim da década de 1960, quando o grupo passou a recorrer à violência em sua campanha por um País Basco independente numa área que abrange o nordeste da Espanha e o sudoeste da França. No início, no entanto, como lutava contra a ditadura de Francisco Franco na Espanha (1936-1975) o ETA contava com simpatia de parte da população espanhola e da comunidade internacional.
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