Pouco antes da final da Copa do Mundo, a diplomacia do Catar enviou uma mensagem que não poderia ser mais clara em reação às primeiras medidas tomadas pela União Europeia, após as revelações de corrupção ligadas ao país que sediou a competição mundial e que se referem à ex-vice-presidente do Parlamento Europeu, a grega Eva Kaili.
“Rejeitamos firmemente as acusações que associam o nosso governo a falhas”, informou o porta-voz da diplomacia catari. “Informações imprecisas vazadas para a mídia pelos envolvidos na investigação visavam manipular a opinião pública e distorcer as opiniões dos parlamentares”, acrescentou.
Na quinta-feira da semana passada (15), seis dias após a revelação do caso e a detenção de quatro pessoas, entre elas Eva Kaili, o Parlamento aprovou por esmagadora maioria uma resolução na qual se diz “horrorizado” com o caso de corrupção.
Os eurodeputados exigem que todos os trabalhos relacionados com o Catar sejam suspensos, especialmente sobre a liberalização de vistos e o acordo aéreo entre a UE e o emirado, que as visitas sejam adiadas e que os crachás dos representantes dos interesses do Catar tenham acesso bloqueado ao Parlamento até que os inquéritos judiciais evoluam.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro, a Europa está em uma corrida para diversificar suas fontes de gás em todo o planeta. Nesse contexto, o bloqueio do Catar seria muito prejudicial para o continente europeu.
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