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Temor de uma possível ocupação russa preocupa ucranianos: diversas pessoas protestaram na chegada do cortador U.S. Dallas, no porto de Sevastopol, no Mar Negro | Stringer / Reuters
Temor de uma possível ocupação russa preocupa ucranianos: diversas pessoas protestaram na chegada do cortador U.S. Dallas, no porto de Sevastopol, no Mar Negro| Foto: Stringer / Reuters

Com as tropas russas posicionadas na Geórgia, funcionários ucranianos acreditam que Moscou tem interesse na estratégica península da Criméia, antes uma jóia do Império Russo. A Rússia se opõe ainda ao desejo da Ucrânia, uma ex-república soviética, de ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Na sexta-feira, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, negou que seu país tenha qualquer intenção de atacar a Ucrânia.

Para analistas, porém, um conflito entre os dois países é altamente improvável. Primeiro pelo fato de a Geórgia ser uma pequena nação com 4,6 milhões de pessoas, enquanto a Ucrânia, quase do tamanho da França, tem uma população de 46 milhões. Além disso, Moscou conta com a Ucrânia para transportar seu gás para os consumidores europeus. A Rússia é o principal fornecedor de energia e maior parceiro comercial de Kiev.

Os líderes ucranianos ficaram alarmados com a incursão russa na Geórgia. "A decisão tomada pela liderança russa é uma ameaça à paz e à estabilidade, tanto em nossa região como na Europa", afirmou na quarta-feira o presidente ucraniano, Viktor Yushchenko. "Apenas a Otan pode garantir a independência ucraniana", completou.

A Criméia tem um apelo emocional imenso para os russos. Parte do império por séculos, ela é uma atração turística e também era onde os russos mantinham o porto de Sevastopol. Em 1954, o então líder soviético Nikita Khruchev entregou o controle da região à província da Criméia. Após a dissolução da União Soviética, em 1991, a península permaneceu como parte da Ucrânia independente.

O ministro das Relações Exteriores francês, Bernard Kouchner, disse em entrevista na semana passada que a Rússia poderia atacar a Ucrânia e a vizinha Moldávia. Esta, uma empobrecida ex-república soviética de idioma romeno, enfrenta um conflito separatista na região de Transdnístria.

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