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A guerra entre Israel e o Hamas ganha novas frentes conforme os ataques indiretos aumentam no Oriente Médio
A guerra entre Israel e o Hamas ganha novas frentes conforme os ataques indiretos aumentam no Oriente Médio| Foto: EFE/EPA/ATEF SAFADI

A inteligência israelense e outras autoridades militares do país concluíram em um relatório recente que muitas armas e munições usadas pelo Hamas, tanto nos ataques de 7 de outubro quanto dentro de Gaza, tem origem em Israel.

O uso de equipamentos do Exército israelense por terroristas não é atual, sendo um fenômeno observado por analistas há anos, desde os conflitos anteriores entre os lados. Segundo fontes ligadas à área militar do país, as milícias palestinas - Hamas e a Jihad Islâmica - conseguem adquirir parte do arsenal por meio de rotas de contrabando subterrâneas. Outras suspeitas são de que as milhares de munições que não detonaram quando Israel as lançou no território vizinho foram reutilizadas pelos milicianos ou roubadas de bases militares israelenses.

Segundo o documento, que reúne centenas de informações sobre o ataque de outubro, o Hamas usou explosivos militares israelenses e americanos que permitiram o bombardeio com foguetes e, pela primeira vez, o acesso terrestre em cidades fronteiriças com Gaza.

"Munições não detonadas são uma das principais fontes de explosivos para o Hamas", disse Michael Cardash, ex-vice-chefe da Divisão de Desativação de Bombas da polícia nacional de Israel e consultor da polícia israelense, ao jornal americano The New York Times. "Eles estão abrindo bombas e munições de artilharia de Israel, e muitas delas estão sendo usadas, é claro, e reaproveitadas para seus explosivos e foguetes", acrescentou.

Especialistas em armas disseram ainda ao jornal que cerca de 10% das munições geralmente não detonam, mas no caso de Israel, esse número pode ser maior. Um oficial da inteligência de Tel Aviv afirmou que a taxa de falha em alguns desses mísseis pode ser de até 15%.

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