Policiais são impactados por fogos de artifício lançados por manifestantes no centro de Santiago, Chile, 18 de outubro| Foto: EFE/Alberto Valdés
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Os atos convocados para acontecer na noite da segunda-feira (18), visando relembrar os dois anos do início de uma onda de protestos no Chile, deixaram, pelo menos, dois mortos e 450 detidos. A data coincidiu com o início da redação da nova Constituição do país.

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As informações são dos Carabineros, a polícia militarizada do país, que ainda divulgou nesta terça-feira o registro de, no mínimo, 480 manifestações de violência, como barricadas, roubos, destruição de mobiliário público, ataques à quartéis.

As duas mortes ocorreram na periferia de Santiago, ambas por disparo de arma de fogo, durante tentativa de saque a estabelecimento comercial, segundo a força de segurança local.

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Ontem à noite, dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas em ato para lembrar os dois anos da onda de protestos no Chile, que teve como resultado prático a convocação de uma Assembleia Constituinte.

A maior concentração aconteceu na Praça Itália, no centro de Santiago, com cerca de 10 mil participantes, de acordo com informações divulgadas pela polícia.

Durante o ato, alguns grupos isolados provocaram distúrbios. Houve registro de saques, incêndios, destruição do mobiliário público e ataques contra a propriedade privada.

De acordo com o balanço provisório, além das duas mortes, dezenas de pessoas ficaram feridas em Santiago. A maior parte das 450 detenções ocorridas no país foi por vandalismo.

Em outras cidades chilenas também aconteceram marchas, que contaram com menor número de pessoas. Em Valparaiso, La Serena e Antofagasta, também houve confronto entre manifestantes e policiais.

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Protestos populares

A partir de 18 de outubro de 2019, o Chile teve os maiores protestos populares em seu território desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet. Durante as manifestações, diversos atos de violência foram realizados por manifestantes, e órgãos internacionais de direitos humanos denunciaram o uso de força desproporcional dos agentes de segurança locais. Cerca de trinta pessoas morreram e milhares ficaram feridas em todo o período da onda de protestos.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]