Uma pesquisa do centro Pew Global Attitudes, divulgada nesta sexta-feira (18), revela que o apoio a uma intervenção militar e às sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) ao Irã aumentou em 21 países consultados pelo instituto. O uso de tropas seria usado para acabar com o programa nuclear do país.

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O estudo foi feito em países da Europa, nos Estados Unidos, no Japão e no Oriente Médio. O maior apoio a uma intervenção militar veio dos Estados Unidos, com 63% favorável, enquanto a Rússia é o que apresenta menor respaldo, de 24%.

Dentre as áreas em que a população favorável à ação militar é maior que 50%, estão Reino Unido, França, Alemanha, Espanha, Itália e República Checa, todos países da União Europeia. O bloco suspeita que o objetivo do país persa é a construção de uma bomba atômica, o que Teerã nega. Entre os países que a intervenção não encontra respaldo, estão Grécia e a vizinha Turquia.

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A pesquisa ainda mostra que as ações do governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad prejudicaram a relação com Estados árabes, como o Egito e a Jordânia, onde também o apoio à intervenção e às sanções econômicas supera 50%.

O respaldo ao governo do país persa atingiu níveis negativos em Jordânia, Egito, Turquia e Líbano. O contrário é visto no Paquistão, onde Ahmadinejad é apoiado por mais da metade da população e as ambições nucleares iranianas são vistas como algo positivo por 50% dos habitantes.

A pesquisa foi feita com 26.210 pessoas entre 17 de março e 20 de abril, em 21 países. A margem de erro varia de 3,2 as 5,2 pontos percentuais para mais ou menos.

Israel

Mais cedo, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, se mostrou cético a respeito da sinceridade do Irã nas negociações com a comunidade internacional sobre seu polêmico programa nuclear.

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"Parece que eles consideram estas negociações como uma oportunidade a mais para ganhar tempo e enganar, como a Coreia do Norte fez durante anos", declarou Netanyahu após um encontro com o presidente tcheco Vaclav Klaus.

"Poderiam tentar ir de reunião em reunião com promessas vazias. Poderiam aceitar algo a princípio, mas não aplicar. Poderiam até aceitar aplicar algo, mas nada que evite efetivamente a continuidade de seu programa nuclear militar", disse.

"O objetivo das negociações deve ser muito claro: suspender toda atividade de enriquecimento de urânio dentro do Irã, tirar do Irã todo o material nuclear enriquecido e desmantelar a instalação nuclear subterrânea perto de Qom", completou.

"Quando tudo isto acontecer, serei o primeiro a aplaudir, mas até agora, estou entre os céticos".

Boa parte da comunidade internacional suspeita que o Irã deseja produzir armamento atômico sob a fachada de um programa nuclear civil, o que Teerã nega.

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