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Macintosh de 1984, quando privacidade não era problema | Mike Blake/Reuters
Macintosh de 1984, quando privacidade não era problema| Foto: Mike Blake/Reuters

Ilegal

Mais da metade dos entrevistados pela Universidade Carnegie Mellon, para estudo de 2013 sobre a internet, admitiu participar de atividades ilegais quando navegam pela internet de forma anônima. Outro relatório constatou que mais de 30% das crianças em idade escolar no Canadá tinham sofrido ou cometido abusos cibernéticos.

Cada vez mais usuários fazem o que podem para proteger a identidade na internet, uma tendência que vai na contracorrente das redes sociais mais populares e que disparou por causa dos escândalos de espionagem governamental expostos por Edward Snowden (o ex-analista da NSA, a agência de segurança americana).

Os downloads do navegador Tor, ferramenta de referência para navegar na web de forma anônima, duplicaram no último ano, até alcançar 150 milhões, ao mesmo tempo em que proliferam os aplicativos que permitem dizer o que se pensa sem necessidade de revelar nada mais.

"As pessoas querem proteger a própria privacidade", afirma Andrew Lewman, diretor-executivo do Tor Project. O software é utilizado de forma constante por uma média de 2,6 milhões de usuários, situados em todas as partes do mundo.

"Tor considera o usuário como anônimo por padrão. As páginas da web não identificam o usuário nem o local, a menos que essas informações sejam concedidas", explicou Lewman, que, no entanto, disse que não se trata de "anonimato total", algo que acredita não ser possível conseguir, dado que a estrutura em rede da internet faz com que "qualquer coisa possa ser rastreada".

Prova da deficiência do Tor Project é que, segundo Lewman, o software é alvo de ataques de países como Estados Unidos, Rússia, Irã e China, com os quais os hackers buscam impedir que a tecnologia seja utilizada ou que seja possível adentrar no sistema para descobrir quem são os usuários. O poder desses hackers é tão superior tecnicamente que o cidadão está indefeso. "Não é possível vencê-los no jogo deles", diz Lewman.

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