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Homem caminha entre tendas no acampamento de Shucha, na Tunísia, local onde são recebidos os refugiados da Líbia | Youssef Boudlal/Reuters
Homem caminha entre tendas no acampamento de Shucha, na Tunísia, local onde são recebidos os refugiados da Líbia| Foto: Youssef Boudlal/Reuters

Túnis - Um navio que levava refugiados da Líbia afundou ontem na costa de Túnis, capital da Tunísia, deixando dois mortos e entre 200 e 270 desaparecidos.

As autoridades anunciaram o naufrágio em meio aos esforços de salva-vidas e militares para resgatar os refugiados, que tentavam chegar à ilha italiana de Lampedusa. O barco estava lotado, com cerca de 800 passageiros, e encalhou na terça-feira em um banco de areia localizado a cerca de 36 km da ilha tunisiana de Kerkennah.

O mar agitado associado ao desespero dos passageiros, que tentavam embarcar em pequenas lanchas salva-vidas enviadas pelas equipes de socorro, fez com que o navio afundasse.

A guarda-costeira tunisiana conseguiu resgatar 570 imigrantes, que foram levados para o acampamento de refugiados de Shucha, a oito quilômetros da fronteira entre a Tunísia e a Líbia.

Milhares de imigrantes do norte da África estão fugindo da onda de revoltas rumo à Lampedusa, criando uma crise humanitária na pequena ilha de 5 mil habitantes.

Otan

Aviões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) realizaram ontem vários bombardeios em Trípoli, dirigidos contra alvos militares e instalações governamentais. Ambulâncias com sirenes ligadas percorriam a capital da Líbia após as explosões.

Um comunicado da Otan afirmou que os ataques destruíram veículos militares e depósitos de armas, uma bateria antiaérea de foguetes e uma estação de radar dedicada ao controle de tiros de artilharia.

Funcionários do governo líbio se negaram a divulgar informações a respeito do ataque. O bombardeio ocorreu horas após a Otan e seus aliados indicarem que prorrogarão por mais 90 dias a missão na Líbia, para respaldar os insurgentes contrários ao governo de Muamar Kadafi, no poder há mais de quatro décadas. Os oposicionistas controlam boa parte do leste do país.

Na terça-feira, um porta-voz do governo líbio disse que os ataques aéreos da Otan já mataram 718 civis e feriram 4.067. De acordo com a Organização, não há como verificar a alegação.

Os bombardeios contra o governo de Muamar Kadafi começaram em meados de março e devem seguir até o final de setembro.

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