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guerra civil iêmen
Nesta foto de arquivo tirada em 11 de maio de 2020, combatentes do Conselho de Transição do Sul (STC) disparam contra as posições das forças governamentais apoiadas pelos sauditas durante confrontos na área de Sheikh Salim, na província de Abyan no sul.| Foto: Nabil HASAN/AFP

O presidente dos EUA, Joe Biden, pretende remover os rebeldes houthis, do Iêmen, da lista norte-americana de grupos terroristas, afirmou um funcionário do alto escalão do Departamento de Estado nesta sexta-feira. A informação foi dada após membros do Congresso terem sido notificados dos planos do governo. O oficial disse ainda que a medida não muda em nada a visão da administração Biden sobre os houthis, que têm civis como alvo e sequestram norte-americanos.

Os houthis, apoiados pelo Irã, entraram na lista americana de terroristas estrangeiros nos últimos dias do governo do ex-presidente Donald Trump. Um relatório de especialistas das Nações Unidas para o Conselho de Segurança informou no mês passado que "há um crescente corpo de evidências" que mostra engajamento de indivíduos ou entidades do Irã estão no "envio de armas e componentes de armas para os Houthis", em violação das resoluções da ONU. Contudo, os próprios autores do relatório são contrários à designação de terrorista aos houthis, alegando que isso poderia dificultar conversas de paz.

Agências de ajuda que trabalham no Iêmen elogiaram os planos do novo presidente dos EUA, explicando que a designação prejudica entregas de ajuda a iemenitas que vivem em áreas controladas por houthis. Os EUA estão entre os maiores doadores do Iêmen, mas suspenderam no ano passado milhões de dólares em ajuda às áreas controladas por houthis, após relatos de roubo e saque de suprimentos de socorro.

A guerra no país – que já matou cerca de 130 mil pessoas, incluindo mais de 13 mil civis, e colocou 13,5 milhões de iemenitas em situação de insegurança alimentar – começou em setembro de 2014 quando os houthis tomaram a capital Sanaa e iniciaram uma marcha para o sul para tentar tomar o país inteiro. O governo internacionalmente reconhecido do Iêmen é apoiado, principalmente, pela Arábia Saudita em março de 2015.

Nesta semana, Biden anunciou fim do apoio dos EUA à ofensiva saudita no Iêmen, mas o Deparrtamento de Estado afirmou que os EUA estão "empenhados em ajudar a Arábia Saudita a defender seu território contra novos ataques", como os perpetrados pelos houthis em setembro de 2019 contra instalações de petróleo da Arábia Saudita.

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