Agentes da polícia de Karnataka usam cassetetes contra homens que se aproximaram de uma barreira em Mangalore durante protestos, 20 de dezembro
Agentes da polícia de Karnataka usam cassetetes contra homens que se aproximaram de uma barreira em Mangalore durante protestos, 20 de dezembro| Foto: AFP

O governo da Índia reforçou as ações para conter o movimento nacional de protestos contra uma nova lei de cidadania com base em religião, com toques de recolher em muitas áreas e bloqueios mais amplos do acesso à internet. Seis pessoas morreram em protestos no estado de Uttar Pradesh nesta sexta-feira (20), relatou a Press Trust of India.

Grupos políticos apoiadores do primeiro-ministro Narendra Modi realizaram contraprotestos em favor da lei controversa. Na quinta-feira, milhares de pessoas desafiaram a proibição a manifestações públicas e arriscaram prisão para protestar contra a lei.

Os protestos continuaram na sexta-feira apesar de restrições impostas em partes da capital, na cidade de Bangalore, que é um polo tecnológico, e pelo estado de Uttar Pradesh, que tem uma população similar à do Brasil, de cerca de 200 milhões de pessoas. Mais de 1.200 pessoas foram presas na capital, Nova Déli, na quinta-feira, incluindo líderes da oposição.

A conexão de internet foi cortada em partes da capital na quinta-feira e duas grandes companhias de telefonia confirmaram que o bloqueio foi implementado "seguindo instruções do governo". Na sexta-feira, houve bloqueios em várias partes de Uttar Pradesh, incluindo a capital do estado.