Jeanine Áñez, ex-presidente da Bolívia, é transportada em ambulância para um hospital em La Paz, 13 de agosto
Jeanine Áñez, ex-presidente da Bolívia, é transportada em ambulância para um hospital em La Paz, 13 de agosto| Foto: EFE/Stringer

A penitenciária feminina de Miraflores, em La Paz, onde está presa Jeanine Áñez, ex-presidente interina da Bolívia, foi palco de tumulto nesta quarta-feira, após encontro de dois diferentes grupos, um de apoio e outro contrário à sucessora de Evo Morales.

Hoje, uma marcha convocada por um grupo de direitos humanos pediu que seja respeitado o direito de Áñez se defender em liberdade das acusações de conspiração, sedição e terrorismo, que a levaram à prisão em março deste ano. Os filhos da ex-presidente interina da Bolívia, Carolina e José Armando participaram da marcha, assim como o presidente da Assembleia Legislativa do departamento de Santa Cruz, Zvonko Matkovic, e diversos apoiadores da política.

Na chegada à penitenciária, o grupo encontrou com outro que cobrava justiça pelas mortes nos "massacres de Senkata e Sacaba", ocorridos durante a crise política no país, em 2019, e exigia a permanência de Áñez na carceragem. Os participantes dos dois atos acabaram trocando xingamentos e empurrões. Diversos materiais utilizados para protestar foram destruídos durante a confusão.

A situação da ex-presidente interina tem sido motivo de polêmica devido a diversas saídas da prisão por razões médicas. Diante das câmeras, Áñez tem aparecido fragilizada, alegando falta de memória, enquanto autoridades penitenciárias indicam que ela tem estado estável e apresentando doenças crônicas tratáveis. No fim de semana, a sucessora de Evo Morales provocou feridas nos próprios braços, com o governo indicando terem sido lesões superficiais, enquanto a família apontou a necessidade de pontos para fechar os cortes.