O presidente russo, Vladimir Putin.
O presidente russo, Vladimir Putin.| Foto: Mikhail Klimentyev/AFP

Em meio às eleições na Rússia, a rede de mensagens Telegram deletou, neste sábado (18), o aplicativo de "voto inteligente" criado pela equipe Alexei Navalny, o principal opositor do presidente Vladimir Putin. A empresa havia anunciado que iria resistir à pressão das autoridades russas para bloquear o acesso à plataforma. Na última segunda-feira, o órgão regulador das telecomunicações na Rússia exigiu a obstrução do aplicativo, no qual os eleitores podem saber qual candidato tem mais chances de derrotar os correligionários de Putim para os cargos legislativos. O pleito começou na sexta-feira e vai até o domingo (19).

O aplicativo criado pela equipe de Navalny analisa, por região, quais candidato de outros partidos têm mais chances de ganhar. Sobre o bloqueio, Oo fundador do Telegram, o russo Pavel Durov, disse que se limitou a seguir a Apple e Google, "que ditam as regras do jogo". Navalny acusou as Big Techs de "ceder à chantagem do Kremlin". Foram pouquíssimos os opositores que puderam se apresentar nessas eleições, de modo que o Rússia Unida de Putin deve se proclamar vencedor.

Ataques cibernéticos

Também neste sábado, a Comissão Eleitoral russa denunciou três ciberataques procedentes do exterior direcionados aos seus sites. Segundo um responsável da Comissão Eleitoral, os ataques foram "poderosos" e tentaram sobrecarregar os portais por meio da negação de serviço. O porta-voz, entretanto, não disse quais países estariam por trás do suposto ataque.