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Meses após os ataques de 11 de setembro de 2001, o presidente dos EUA, George W. Bush, autorizou secretamente a Agência Nacional de Segurança a espionar americanos e estrangeiros dentro dos Estados Unidos, sem autorização judicial, em busca de provas de atividade terrorista. Ordens judiciais são geralmente exigidas para espionagem doméstica, segundo autoridades.

Sob uma ordem presidencial assinada em 2002, a agência vigiou telefonemas internacionais e mensagens de e-mail internacionais de centenas, talvez milhares de pessoas dentro dos EUA, sem garantias. Isso prosseguiu pelos últimos três anos, num esforço para rastrear possíveis "números sujos", ligados à Al-Qaeda, disseram autoridades. A agência, disseram eles, ainda lança mão de mandados judiciais para monitorar comunicações exclusivamente domésticas.

A decisão secreta de permitir espionagem dentro do país sem ordem da Justiça foi uma mudança importante nas práticas americanas de coleta de dados de inteligência, particularmente para a Agência Nacional de Segurança, cuja missão é espionar comunicações no exterior. Como resultado, algumas autoridades familiarizadas com a operação questionaram se a vigilância não havia forçado, se não atravessado, limites constitucionais para buscas legais.

- Essa é realmente uma grande mudança - disse um ex-alto funcionário da comunidade de segurança, especializado na lei internacional da área. - É quase um pilar nesse país que a NSA faz apenas buscas no exterior.

Meia dúzia de atuais ou ex-altos funcionários do governo, que pediram anonimato pela natureza secreta do programa, discutiram-no com repórteres do "New York Times" por causa de suas preocupações sobre legalidade e supervisão.

Segundo eles, reservas sobre aspectos do programa também foram expressos pelo senador John D. Rockefeller IV, democrata da Virgínia Ocidental, que é vice-presidente da Comissão de Inteligência do Senado, e um juiz que presidente um tribunal secreto que decide questões de inteligência. Algumas das questões sobre os novos poderes da agência levaram o governo a suspender temporariamente a operação no ano passado e impor restrições, disseram as fontes.

O governo vê a operação como necessária para dar agilidade à agência no acompanhamento de comunicações que modem revelar ameaças aos Estados Unidos, disseram as autoridades. Defensores do programa dizem que ele foi uma ferramenta fundamental no desmantelamento de complôs terroristas e na prevenção de ataques nos EUA.

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