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O regime do "ditador cruel" Fidel Castro está chegando ao fim e a ONU deve favorecer uma transição para a democracia em Cuba, afirmou nesta terça-feira o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.

"Em Cuba, o regime de um ditador cruel se aproxima do fim", disse Bush diante do plenário da Assembléia Geral da ONU, no primeiro dia de debates.

"O povo cubano está pronto para a liberdade e sua nação entra em um período de transição, a ONU deve insistir na liberdade de expressão, na liberdade de reunião e, em última instância, eleições livres e plurais em Cuba", acrescentou.

Ao ouviu as palavras de Bush, a delegação cubana encabeçada pelo canciller Felipe Pérez Roque abandonou a sala imediatamente, em sinal de protesto.

A menção de Bush ao fim do regime castrista acontece em meio de uma onda de rumores sobre o estado de saúde de Fidel, o que obrigou o presidente cubano a ceder o poder a seu irmão Raúl há mais de um ano.

Apesar do exílio cubano nos Estados Unidos decretar sua morte toda vez que o ditador não aparece em público por algum tempo, regularmente vídeos ou fotografias de Fidel Castro desmentem o falecimento.

Na semana passada, uma foto ao lado do presidente de Angola e uma entrevista na televisão voltaram a provar ao mundo que Fidel está vivo e que, ao que parece, se recupera. Enquanto isto, Raúl Castro segue no comando do país, com a responsabilidade de perpetuar o regime.

O fórum da Assembléia Geral, onde ao contrário do Conselho de Segurança da ONU cada país tem um voto, em linhas gerais não é hostil ao governo de Cuba e regularmente condena o embargo que os Estados Unidos aplicam à ilha.

Em novembro do ano passado, a Assembléia Geral aprovou pelo 15º ano consecutivo e por maioria esmagadora uma resolução condenando o "bloqueio" e exigindo a suspensão do mesmo.

A resolução recebeu o apoio de 183 país, quatro contra - Estados Unidos, Israel, Palau e Ilhas Marshall - e uma abstenção - Micronésia.

Dos 59 países que apoiaram o texto em 1992, o número aumentou a 179 em 2004, 182 em 2005 e 183 nesta ocasião.

As sanções econômicas americanas a Cuba datam de 1961, após a frustrada invasão da Baía dos Porcos, e foram decididas pelo então presidente John Fitzerald Kennedy.

Foi a primeira de uma série de medidas de caráter econômico e comercial para isolar o regime de Fidel Castro, seguida, entre outras, pela ley Helms-Burton, a lei Torricelli e as restrições às viagens dos americanos à ilha.

Em sua mensagem à ONU, Bush, também anunciou novas sanções de seu país contra a junta militar birmanesa.

"Nesta manhã anuncio uma série de medidas para ajudar na realização de uma mudança pacífica em Mianmar", disse Bush.

"Os Estados Unidos reforçarão as sanções econômicas contra os líderes do regime e seus patrocinadores financeiros, e ampliaremos a proibição do visto para aqueles que são responsáveis pelas violações atrozes dos direitos humanos assim como para os membros de suas famílias", acrescentou.

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