O diretor de uma prisão onde cerca de 16 mil homens, mulheres e crianças foram torturados e executados na década de 1970 no Camboja compareceu nesta terça-feira (17) diante do tribunal de genocídio que julga as atrocidades atribuídas ao Khmer Vermelho, que governou o país asiático entre 1975 e 1979. Kaing Guek Eav, mais conhecido como Duch, chefiava a penitenciária S-21 em Phnom Penh. Acusado de crimes contra a humanidade, Duch tornou-se nesta terça-feira (17) o primeiro réu a ser levado ao tribunal assessorado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Além dele, mais quatro réus deverão ser apresentados por suspeita de participação nas atrocidades.
Estima-se que 1,7 milhão de pessoas tenham morrido por fome e doenças ou tenham sido executadas durante o regime comunista que governou o Camboja no fim da década de 1970. Duch, de 66 anos, é acusado de ter cometido crimes como tortura, estupro e assassinato. O julgamento começa depois de anos de espera em meio a suspeitas de ingerência política, corrupção e desentendimento entre juristas cambojanos e estrangeiros.
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