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Autoridades criticaram nesta quarta-feira a situação dos direitos humanos no Cazaquistão, que se prepara para substituir a Grécia na presidência da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que reúne 56 países.

Participantes de uma reunião oficial em Atenas disseram que a ex-república soviética teve alguns progressos, mas ainda precisa melhorar suas instituições democráticas.

"Claramente há um desafio na futura presidência, se ela será capaz de liderar pelo exemplo", disse o chefe do Escritório para Instituições Democráticas e Direitos Humanos do grupo, Janez Lenarcic.

O Cazaquistão assume em 1o de janeiro a presidência da OSCE, principal organização europeia para questões de segurança.

Grupos de direitos humanos criticaram a entrega do comando ao país, lembrando que observadores da OSCE nunca validaram uma só eleição na nação petrolífera.

"Nos dois anos desde que o Cazaquistão recebeu a presidência, sua situação de direitos humanos se deteriorou seriamente, especialmente nas áreas de liberdade de expressão, religião e assembleia", disse Vera Tkachenko, representando uma coalizão de entidades do setor.

A Human Rights Watch também pediu aos chanceleres da OSCE que pressionem mais por reformas no Cazaquistão.

O presidente cazaque, Nursultan Nazarbayev, foi membro do último politburo soviético, e comanda o país desde o colapso da União Soviética, em 1991.

"Precisamos ter conversas com o governo cazaque sobre a importância e a oportunidade para que eles usem a presidência para tratar de algumas das preocupações a respeito dessas questões", disse a jornalistas o subsecretário de Estado dos EUA James Steinberg.Autoridades cazaques se dizem comprometidas com os princípios da OSCE, e afirmam que já estão tentando melhorar os direitos humanos, mas que não é possível construir uma democracia como a britânica da noite para o dia.

"Se você quer chegar ao nível do Reino Unido, é preciso pegar um elevado muito rápido, que elevará sua pressão arterial, afetará o corpo. Devemos ser muito cuidadosos", afirmou Adil Akhmetov, funcionário cazaque na OSCE. "Se alguém critica o Cazaquistão, deixe criticar. O Cazaquistão está dando o melhor de si."

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