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Cerca de 20 países, incluindo a China, se recusaram a ir à cerimônia desta sexta-feira para entrega do Nobel da Paz ao dissidente chinês Liu Xiaobo, em Oslo, na Noruega. O professor e escritor está preso em seu país. A maioria das nações que desistiram da festa tem relações com a China, não quer enfurecer Pequim ou possui uma linha-dura com seus próprios dissidentes.

Os que não irão à cerimônia são Afeganistão, Argélia, China, Colômbia, Cuba, Egito, Iraque, Irã, Casaquistão, Marrocos, Paquistão, Filipinas, Rússia, Arábia Saudita, Sri Lanka, Sudão, Tunísia, Venezuela e Vietnã.

A Ucrânia inicialmente declinou do convite, mas o diretor do Instituto Nobel, Geir Lundestad, disse ontem que Kiev mudou de ideia e comparecerá. A Sérvia, que inicialmente recusou, posteriormente disse que mandará um representante. Lundestad disse acreditar que as Filipinas estariam representadas, mas Manila negou essa notícia.

A Rússia, que firmou acordos comerciais com a China no mês passado no valor de US$ 8,5 bilhões, disse oficialmente que tinha outros compromissos. Outros países, como Paquistão e Sri Lanka, têm laços econômicos e de defesa com a China, enquanto Iraque, Irã e Arábia Saudita vendem petróleo aos chineses.

O Irã também depende do apoio de Pequim no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para lutar contra sanções por seu programa nuclear. O país também não esqueceu o Nobel da Paz concedido a uma dissidente do país, a advogada Shirin Ebadi, em 2003. Sobre a Argentina, o diretor disse: "Nós acreditamos que a Argentina não virá, ou pelo menos não será representada por seu embaixador."

A maioria dos 65 países com embaixadas em Oslo estará representada, entre eles o Brasil, as potências ocidentais e as nações da União Europeia e os EUA, além do Japão. Índia, Indonésia, África do Sul e Coreia do Sul também devem estar representadas. As informações são da Dow Jones.

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