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O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, defendeu sua polêmica visita ao Irã, dizendo na sexta-feira que ele usou a viagem desta semana para pressionar por mais direitos humanos no país e transparência de Teerã sobre seu programa nuclear.

"Eu acredito no poder da diplomacia e acredito em diálogos e acredito em comprometimento. Isso é exatamente o que eu fiz durante minha visita a Teerã", afirmou Ban à Reuters e passagem por Dubai antes de voltar para a sede da ONU, em Nova York.

Enquanto explicava que não ficou todas as vezes satisfeito com as respostas que recebeu de líderes iranianos nesta semana, ele rejeitou acusações dos Estados Unidos e Israel de que esteja sendo usado por Teerã ao participar de um encontro diplomático que o Irã usou para elevar seu status diplomático.

"Eu não acho que deveria haver polêmica sobre isso", afirmou. "Como secretário-geral da ONU, eu tenho um mandato para me relacionar com todos os Estados-membros das Nações Unidas."

Ao fazer a primeira visita de um chefe da ONU ao Irã desde uma viagem de seu antecessor, há seis anos, Ban participou do encontro do Movimento Não Alinhado, um grupo de 120 nações, a maioria em desenvolvimento. Entre elas, estavam ministros do governo da Síria, que, segundo o secretário-geral da ONU, concordaram em pensar no pedido de dar maior acesso a ajuda humanitária na nação.

Isolado pelas sanções econômicas internacionais impostas devido ao seu programa nuclear e impopular entre muitos países pelo seu apoio ao presidente Bashar al-Assad na guerra civil síria, o Irã usou o encontro para apresentar uma imagem de potência diplomática para seu povo e para o restante do mundo.

Antes do evento, Washington deixou claro que queria que Ban boicotasse o encontro. "O Irã vai manipular essa oportunidade e os participantes para tentar desviar a atenção de seus próprios erros", afirmou uma porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também pediu para que Ban Ki-moon cancelasse sua participação, chamando a viagem de "um grande erro", informou a imprensa de Israel. Netanyahu vê o Irã e seu programa nuclear como uma ameaça à existência de Israel.

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