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As autoridades chinesas prenderam um acadêmico que ajudou o dissidente cego Chen Guangcheng a escapar da prisão domiciliar em 2012, disse a mulher do intelectual nesta terça-feira, em um caso que ativistas dizem que sinaliza uma firme repressão sobre as liberdades civis.

Guo Yushan, fundador de uma instituição de estudos que fez pesquisas sobre regulamentos comerciais, reformas e sociedade civil, foi detido em Pequim, em outubro.

A mulher de Guo, Pan Haixia, disse à Reuters que Guo foi formalmente preso sob a acusação de "atividade ilegal", mas ela não sabia o que está incluído nisso. O Centro de Detenção Nº 1, em Pequim, onde Guo está encarcerado, não pôde ser contatado para comentar o caso.

Guo foi fundamental na ajuda para que Chen fugisse da prisão domiciliar no vilarejo em que vivia, em 2012. Chen viajou para Pequim, onde buscou refúgio na embaixada dos EUA, o que provocou um incidente diplomático entre a China e os Estados Unidos.

Chen foi posteriormente autorizado a ir para os Estados Unidos.

Autoridades fecharam a instituição de Guo, o Instituto de Transição, no ano passado.

Guo é um estudioso idealista, mas pouco afeito a contatos com a mídia, que lançou campanhas que conseguiram apoio público, incluindo os esforços para levantar fundos para as vítimas de um escândalo de leite contaminado, em 2008.

Maya Wang, pesquisadora da Human Rights Watch, disse que a detenção de Guo é "mais um marco na severa repressão em curso sobre as liberdades civis" ao longo dos últimos 18 meses na China.

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