• Carregando...

Negociadores de vários países estenderam as discussões pela madrugada na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-16), em Cancún, no México, para tentar fechar um pacote de acordos a fim de reduzir o ritmo do aquecimento global. A conferência termina nesta sexta-feira, e, até o momento, um acordo climático parecia uma meta difícil de ser alcançada.

Os diplomatas trabalhavam em uma série de temas, entre elas a possível ampliação do Protocolo de Kyoto para além de 2012 ou a possibilidade de um novo acordo; o uso de um método comum para mensurar, reportar e verificar as reduções de emissões; e a confirmação dos compromissos dos países ricos, feitos em Copenhague há um ano, de destinar bilhões de dólares para o combate às mudanças climáticas nas nações pobres.

O Japão advertiu que não participará da ampliação do Protocolo de Kyoto, a menos que grandes emissores de gases causadores do efeito estufa, como Estados Unidos e China, também assinem o documento com compromissos iguais aos dos outros países. Os EUA firmaram, mas não ratificaram o Protocolo de Kyoto. A China firmou o tratado, mas por ser uma nação em desenvolvimento tem metas apenas voluntárias na redução de emissões. A China e outras nações em desenvolvimento criticaram a posição japonesa, enquanto Washington busca encorajar um novo acordo baseado nos compromissos fechados anteriormente em Copenhague.

O vice-diretor-geral japonês para Assuntos Globais, Akira Yamada disse no fim da quinta-feira que as conversas iam bem. "Nós pensamos que é possível chegar a um acordo", afirmou.

Representantes de Brasil e Venezuela também se mostraram otimistas sobre a possibilidade de um acordo, apesar de preferirem a extensão do Protocolo de Kyoto. "Nós estamos nos envolvendo bastante com as outras partes e isso é um bom sinal", disse o enviado brasileiro para o clima, Luiz Alberto Figueiredo Machado. "As partes estão negociando os temas mais difíceis, eu estou otimista de que possamos chegar a um bom resultado."

A enviada venezuelana, Claudia Salerno, também se mostrou otimista quanto à possibilidade de haver algum acordo, apesar de notar que há muitas questões a resolver. "Apesar das diferenças, a prontidão dos países a alcançar um acordo é grande", afirmou ela. As informações são da Dow Jones.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]