Cuba autorizou um dissidente político em cadeira de rodas a viajar para os Estados Unidos, semanas depois de ter sido libertado da prisão, disse o oposicionista na quarta-feira.
Ariel Sigler, preso numa onda de repressão a dissidentes em 2003, e posteriormente condenado a 20 anos de prisão, foi libertado em 12 de junho, quase um mês antes de o governo anunciar a libertação de outros 52 presos políticos. Tanto Sigler quanto os demais detidos foram soltos graças à intervenção da Igreja Católica junto ao regime comunista.
Os Estados Unidos imediatamente concederam visto a Sigler, alegando razões humanitárias.
Mas o dissidente de 48 anos, extremamente magro, protestou na segunda-feira pela demora do governo cubano em aprovar a sua saída.
"Ontem (terça-feira) pela manhã me ofereceram a permissão de saída, ou chamada carta branca, para emigrar," disse Sigler a jornalistas ao entrar numa reunião na Seção de Interesses (espécie de embaixada) dos EUA em Havana.
"Estamos agora nos trâmites para tirar a passagem e ir para o restabelecimento da minha saúde nos Estados Unidos," acrescentou.
Os outros 52 presos serão soltos com a condição de emigrarem para a Espanha. Doze deles já chegaram à Europa.
O regime comunista cubano diz que dissidentes como Sigler são mercenários a trabalho de Washington.
Os EUA e a União Europeia elogiaram a libertação dos dissidentes, o que foi visto como um avanço na situação dos direitos humanos na ilha e um passo positivo nas suas relações com o resto do mundo.
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