O regime comunista de Cuba, liderado por Miguel Díaz-Canel, publicou na quinta-feira (7) uma lista com os nomes de 61 pessoas e 19 organizações que considera como “terroristas” por supostamente “promoverem uma agressão armada” contra a ilha. A lista inclui ativistas que estão fora do país, líderes opositores no exílio e influenciadores digitais.
A lista foi divulgada em uma edição extra do Diário Oficial, com base em uma resolução do Ministério do Interior datada de 2 de novembro. Segundo o Ministério do Interior, todos os listados, que são opositores, foram “submetidos” a “investigações penais” e estão sendo “procurados pelas autoridades cubanas por sua participação na promoção, planejamento, organização, financiamento, apoio ou comissão” de “atos terroristas”.
O regime cubano fundamentou a inclusão dessas entidades e pessoas em uma resolução da ONU de 2001 e em seu Código Penal, aprovado em 2022 e fortemente criticado por ONGs e dissidentes políticos, que o acusam de ter ampliado os poderes de repressão do regime comunista contra opositores.
Entre os nomes da lista estão opositores como Guillermo Novo Sampoll, Pedro Ramón Crispín Rodríguez e José Francisco Hernández Calvo; até líderes políticos que estão no exílio nos EUA, como Orlando Gutiérrez Boronat, coordenador da Assembleia da Resistência Cubana, e Ramón Saúl Sánchez, dirigente do Movimento Democracia.
Também estão na lista o youtuber Álex Otaola, que também vive nos EUA, e vários outros influenciadores que divulgaram a história dos cubanos que foram recrutados como mercenários pela Rússia na invasão à Ucrânia.
Entre as 19 organizações na lista se destacam algumas, como a Hermanos al Rescate, Alpha 66 e a Assembleia da Resistência. Todas lutam por democracia e direitos humanos em Cuba.
Segundo o site argentino Infobae, a ONG Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH) condenou a “designação e identificação” de ativistas, opositores, influenciadores e organizações de exilados na “lista nacional” de “pessoas e entidades vinculadas a atos de terrorismo”.
“Vemos com preocupação que o regime cubano tenta apresentar como terroristas as pessoas e entidades, simplesmente por elas fazerem uso de sua liberdade de expressão. Que um governo com um comprovado histórico de violações aos direitos humanos, repressão a seus cidadãos, e exercício da violência e ingerência externas, equipare a protesta pacífica e o direito à livre expressão com o terrorismo, é um exercício de cinismo que deve ser denunciado”, afirmou o OCDH.
Direita de Bolsonaro mostra força em todas as regiões; esquerda patina
Eleições consagram a direita e humilham Lula, PT e a esquerda
São Paulo, Campo Grande e Curitiba têm as disputas mais acirradas entre as capitais
Lucas Pavanato (PL) é o vereador campeão de votos no país; veja a lista dos 10 mais votados
Deixe sua opinião