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Curitiba – A barreira que a dívida externa representa para o crescimento nos países pobres será um dos principais temas da XV Conferência Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, que acontece dias 14 e 15 de outubro em Salamanca (Espanha). O evento, realizado anualmente desde 1991, promete dar novo impulso à integração dos países participantes – três europeus (Andorra, Espanha, Portugal) e 19 latinos.

Apesar da questão da dívida externa ser discutida desde os primeiros encontros de governantes ibero-americanos, ainda não há resultados práticos, afirma o senador brasileiro Osmar Dias (PDT–PR). Ele conseguiu incluir na pauta da conferência a renegociação das dívidas dos países em desenvolvimento durante reunião de cerca de 40 parlamentares em Bilbao (Espanha). Em sua avaliação, é necessário que os chefes de Estado estabeleçam uma redução progressiva das dívidas. A Espanha, por exemplo, vai propor que as dívidas sejam abatidas com investimentos extras em educação, segundo os organizadores da conferência.

O senador argumenta que o pagamento da dívida externa brasileira consome 60% do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). "O país cresceu, mas o que cresceu não ficou com a população e sim com os bancos internacionais e organizações multilaterais." A força de propulsão dos países pobres estaria sendo esgotada pelas cobranças externas.

A redução progressiva das dívidas não basta, defende o senador brasileiro. Ele argumenta que, para fomentar o desenvolvimento, é necessário que a política de subsídios seja revista. Essa questão também deve pautar conferência da próxima semana.

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