O reinício da produção na maior refinaria de petróleo da Venezuela, que está fechada desde sábado em consequência de um incêndio que matou 48 pessoas, pode levar mais dois ou três dias, disseram autoridades, mas a data exata ainda não foi estabelecida.
O ministro da Energia, Rafael Ramírez, disse na quarta-feira que o fogo na refinaria Amuay foi finalmente apagado e que os operários estão prosseguindo com os preparativos para retomar a produção.
O processo "gradual" pode possivelmente levar "dois ou três dias", disse Ramírez em comentários transmitidos pela TV, apesar de autoridades da refinaria terem dito à Reuters que o momento exato para o reinício da operação não pode ser determinado enquanto partes do local ainda precisam ser resfriadas.
"Enquanto os esforços de resfriamento continuam, não podemos saber uma data exata", disse um funcionário da estatal de petróleo PDVSA, que administra a refinaria com capacidade para 645.000 barris por dias.
Enquanto isso, as autoridades continuam investigando as causas do vazamento de gás que provocou a explosão.
Além dos quase 50 mortos, a explosão ocorrida durante a madrugada destruiu centenas de casas nas redondezas. O acidente foi o pior da indústria de petróleo no mundo nos últimos anos, aproximando-se dos 56 mortos em consequência de um incêndio na refinaria de Visakhapatnam, na Índia.
Diante da eleição presidencial em outubro, adversários do presidente Hugo Chávez aproveitaram a explosão para criticar o governo pelo que dizem ser uma manutenção ruim da industria do petróleo, que é o motor da economia da Venezuela.
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