O governo de Israel está enfrentando dificuldades para defender-se das acusações de que os ataques na Faixa de Gaza são desproporcionais. Em uma semana de conflito, o saldo total é de uma vítima israelense para cada cem palestinas. Entre os mais de 400 mortos, boa parte é de civis, mulheres e crianças. O debate sobre o uso excessivo da força domina também as discussões em jornais israelenses. A maioria concorda que Israel tem o direito de revidar aos ataques do Hamas, mas há dúvidas sobre a eficácia de tanta violência.

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Entre os mais destacados defensores da posição de Israel está o especialista em legislação de guerra Avi Bell, da Universidade Bar-Illan. Ele afirma que mais importante do que a proporcionalidade é analisar a distinção dos alvos dos dois lados

Em guerras entre Estados, segundos as leis internacionais, os ataques devem se concentrar em instalações e infraestrutura militar, como aeroportos, pontes, quartéis e locais onde são armazenadas armas. O problema é que o atual conflito envolve um Estado e uma guerrilha. Segundo Bell, os israelenses têm bombardeado apenas o que consideram alvos militares. "Em Gaza, porém, o que é militar e o que é civil se confundem", disse o professor.

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