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Brasília - A Câmara brasileira enviará nos próximos dias a Honduras uma missão de deputados para acompanhar os desdobramentos do abrigo a Manuel Zelaya pela Embaixada Brasileira em Tegucigalpa. "A ideia é rechaçar todas as tentativas de desvirtuamento das instituições e proteger a integridade da representação brasileira", afirmou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

A criação desta comissão foi aprovada ontem pelo plenário da Câmara. Ainda não há uma data definida para a partida da missão, que deve usar avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Caso ele seja impedido de pousar em território hondurenho, a alternativa seria desembarcar na Costa Rica ou El Salvador.

Para viabilizar a missão, os deputados viajarão com passaporte emitido pela Organização dos Estados Americanos (OEA), uma vez que o Brasil não reconhece o governo golpista de Honduras.

Devem integrar a missão, além de Ivan Valente, os deputados Chico Alencar (PSOL-RJ), Raul Jungmann (PPS-PE), Marcondes Gadelha (PSB-PB)e Domingos Dutra (PT-MA).

O mesmo grupo participou ontem pela manhã, em frente à Embaixada de Honduras em Brasília, de ato em apoio ao retorno de Manuel Zelaya à presidência daquele país.

Ainda ontem, o ex-ministro de Relações Exteriores do Brasil, Luiz Felipe Lampreia, classificou como esdrúxula a situação em Honduras e disse que houve uma total inversão de valores no caso envolvendo o presidente deposto Manuel Zelaya. Lampreia afirmou que as embaixadas servem para dar refúgio a quem quer deixar o país, e não o contrário.

"É claro que ele é o presidente constitucional e o golpe que o derrubou é inaceitável. Agora, também é inaceitável que ele tenha entrado na Embaixada do Brasil e sobretudo esteja usando a Embaixada do Brasil como quartel-general para fazer comício e agitar as massas lá em Tegucigalpa."

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