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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Xianmen, China – Milhares de manifestantes saíram às ruas de Xianmen, uma das cidades mais prósperas da China, para pedir que seja suspensa a construção de uma fábrica de paraxileno na região. O produto é usado em plásticos, poliéster e filmes. A exposição crônica aos elementos pode causar até a morte. O protesto se tornou um emblema do descontentamento crescente que pressiona o governo chinês.

Enquanto os líderes do Partido Comunista reunidos em Pequim, na semana passada, pediam a criação de uma "sociedade harmoniosa", a população nas ruas mostra que o país está longe disso.

"Fazendeiros perderam as suas terras, trabalhadores de empresas estatais foram dispensados, pessoas vivem à margem da sociedade lutando nas suas vidas diárias, existe uma grande diferença entre os rendimentos dos ricos e dos pobres, e há uma carga considerável de violência", disse Ai Xiaoming, professora na Universidade Sun Yat-sen e advogada dos direitos humanos e das reformas legais.

As tensões são um desafio para o autoritário governo comunista e sobretudo para o presidente chinês Hu Jintao. No poder há cinco anos, Hu tornou uma prioridade a distribuição dos benefícios das recentes décadas de rápido crescimento econômico.

O governo de Hu colocou de lado bilhões de dólares em novos subsídios agrícolas e acelerou os gastos em seguridade social, educação e saúde pública. Além disto, tem aumentado os esforços para combater a corrupção. Mas é um trabalho difícil reduzir as tensões sociais.

De acordo com as mais recentes estatísticas do Ministério de Segurança Pública, 87 mil incidentes de massa ocorreram em 2005, incluindo um choque mortífero entre a polícia e camponeses, sobre a disputa de uma terra que será usada para a construção de uma usina de energia.

No mês passado, milhares de soldados desmobilizados e mandados a centros de treinamento para construir ferrovias se rebelaram em pelo menos três cidades.

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