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O diretor da Agência Federal de Gerenciamento de Emergência dos EUA (Fema, na sigla em inglês), Michael Brown, foi afastado da chefia das operações de socorro na área devastada pelo furacão Katrina informam fontes do governo.

Michael Brown vai voltar para Washington, e o secretário de Segurança Interna, Michael Chertoff, anunciou como substituto o vice-almirante Thad Allen, chefe da Guarda Costeira dos EUA e é mestre em administração pública. Na resposta imediata aos ataques de 11 de setembor de 2001 contra os EUA, Allen ajudar a delinear os planos preliminares do recém-criado Departamento de Segurança Interna, além de comandar os esforços de patrulha na costa atlântica americana.

Uma semana atrás, Bush aplaudira o trabalho de Brown no Sul dos EUA, dizendo:

"Brownie, você está fazendo um trabalho dos diabos. O diretor da Fema está trabalhando 24 horas - eles estão trabalhando 24 horas por dia".

O anúncio da mudança ocorre em meio à intensificação das críticas à resposta do governo federal à tragédia. Questões emergiram nesta sexta-feira sobre as qualificações daqueles que lideram os esforços de reconstrução, pressionando a Casa Branca. Além disso, o ex-secretário de Estado Colin Powell fez duras críticas ao governo federal, e a Cruz Vermelha americana reclamou de não ter sido autorizada a entrar em Nova Orleans para realizar trabalho humanitário.

Muitos dos que estão no comando de agências encarregadas de lidar com a resposta humanitária ao desastre, entre eles Brown, não tinham experiência com situações de emergência, mas têm importantes relações políticas com Bush, afirmou o jornal "Washington Post".

Além disso, Brown tinha menos experiência em resposta a desastres do que fora descrito em sua biografia oficial, citada na audiência para confirmação de seu nome no cargo, revelou a revista 'Time'. A publicação citou uma autoridade afirmando que o seu trabalho prévio "era mais o de um estagiário" do que o de um administrador. Chertoff se recusou a dizer se a retirada de Brown da chefia dos esforços pós-Katrina estava relacionada a um embaraço provocado pela publicação.

A forma como o governo atuou na prevenção da catástrofe também foi alvo de severas críticas de um ex-integrante do cúpula de governo de Bush.

"Houve mais do que tempo suficiente para alertar sobre os perigos para Nova Orleans. Nada foi feito o bastante. Não acha que tiramos vantagem do tempo que estava disponível para nós, e eu não sei por quê", afirmou Colin Powell ao programa "20/20" da rede ABC.

Enquanto assessores da Casa Branca tentam minimizar os estragos que o Katrina fez ao governo federal, uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Pew revelou que 67% dos americanos pensam que Bush poderia ter feito mais para acelerar os esforços, e apenas 28% acreditam que o líder de Washinton fez tudo o que estava ao seu alcance. O índice de aprovação do presidente caiu para 40%, caindo quatro pontos percentuais desde julho e registrando a pior taxa já registrada pelo Pew em relação a Bush.

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