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O governador da província de Buenos Aires,Daniel Scioli, participa de ato em homenagem ao falecido ex-presidente argentino Néstor Kirchner, marido da atual presidente do país, Cristina Kirchner | EFE/David Fernández
O governador da província de Buenos Aires,Daniel Scioli, participa de ato em homenagem ao falecido ex-presidente argentino Néstor Kirchner, marido da atual presidente do país, Cristina Kirchner| Foto: EFE/David Fernández

A Argentina realiza no domingo (27) eleições legislativas em que o governo deve sair derrotado, inviabilizando uma reforma constitucional que autorize a presidente Cristina Kirchner a disputar um novo mandato em 2015.

Analistas preveem que a eleição terá resultado semelhante ao das primárias de agosto, em que os candidatos da facção kirchnerista do peronismo, que governa a Argentina desde 2003, sofreram uma grande derrota, especialmente na província de Buenos Aires, a principal do país.

Cristina já está no seu segundo mandato, depois de suceder ao seu marido, Néstor Kirchner. Ela está politicamente desgastada por causa do fraco crescimento econômico, da inflação alta, dos controles cambiais prejudiciais à classe média e da crescente violência urbana.

Além disso, a moeda local, o peso argentino, está sofrendo uma acelerada depreciação em relação ao dólar.

"Esta economia é uma economia que não seduz o eleitor. Apesar de a economia crescer mais do que no ano passado, a percepção de muitos é de que as pessoas estão piores do que no ano passado. Há uma percepção de deterioração", disse o economista Dante Sica, da consultoria Abeceb.

Ele previu que 2014 e 2015 também serão anos duros para a economia, prejudicando as chances do governismo na sucessão presidencial.

Até agora, o governo e seus aliados têm pleno domínio do Congresso, o que permitiu a Cristina conseguir o apoio legislativo para sua política econômica intervencionista.

Mas analistas acham que a bancada kirchnerista na Câmara deve gradualmente começar a perder deputados para outros blocos políticos, como parte do habitual exercício local de transmigração política.

Na reta final da atual campanha, Cristina esteve parcialmente afastada porque se recupera de uma cirurgia para a remoção de um hematoma no crânio.

O voto será obrigatório para os 30,5 milhões de eleitores registrados, que renovarão 24 vagas do Senado, ou um terço do total, e 127 cadeiras na Câmara.

Desde as primárias de agosto, o índice Merval da bolsa local teve alta de cerca de 50 por cento, refletindo o otimismo dos mercados com a perspectiva de um novo governo que adote políticas econômicas liberais a partir de 2015.

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