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Tragédia

Em meio a novos tremores, mulher é resgatada com vida

Número de mortos por terremoto na Itália chega a 235. Dos cerca de 1.500 feridos, 100 estão em estado grave

Sobreviventes do terremoto em Onna caminham em meio aos escombros: dos 300 habitantes da comunidade, 40 morreram | Chrisrophe Simon/AFP
Sobreviventes do terremoto em Onna caminham em meio aos escombros: dos 300 habitantes da comunidade, 40 morreram (Foto: Chrisrophe Simon/AFP)

L’Aquila - Equipes de resgate na cidade italiana de L’Aquila conseguiram resgatar uma mulher de 20 anos com vida dos escombros, cerca de 42 horas após o devastador terremoto que atingiu a região do Abruzzo na madrugada da segunda-feira e deixou pelo menos 235 pessoas mortas e 1.500 feridas, das quais 100 estão em situação grave. Trinta pessoas ainda estão desaparecidas.

A estudante Eleonora Calesini estava consciente e falando quando foi retirada das ruínas de um prédio de cinco andares pelos bombeiros, enquanto terremotos secundários ameaçavam derrubar mais construções e revirar os escombros em L’Aquila.

No começo da noite de ontem, ocorreu um forte terremoto secundário com epicentro perto de L’Aquila, de 5.6 graus na escala Richter, segundo o Centro de Geologia dos Estados Unidos. A mídia italiana informou que uma pessoa morreu, mas o corpo de bombeiros não confirmou o óbito.

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse que as operações de resgate ainda durarão mais 48 horas. Segundo ele, hoje 1.500 técnicos engenheiros farão uma vistoria nos imóveis danificados de L’Aquila e começarão a definir o que deve ser demolido ou recuperado no futuro. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que ontem visitou o Iraque, telefonou para Berlusconi e ofereceu ajuda à Itália. Berlusconi agradeceu o apoio e disse que a assistência dos EUA será bem-vinda mais tarde, quando começar a recuperação do patrimônio histórico destruído.

Milhares de pessoas desabrigadas enfrentavam a chuva e se preparavam ontem para mais uma noite em tendas, em uma região de montanha na qual as temperaturas ainda são baixas em abril. Na segunda-feira, funcionários do governo italiano calculavam que 50 mil pessoas estavam desabrigadas. Mas no final da tarde de ontem, a Defesa Civil estimou que o número de desabrigados estava em 17 mil, porque muitas pessoas que perderam as casas conseguiram ir para residências de parentes ou foram para hotéis em Pescara, na costa do Mar Adriático.

Os funcionários afirmam que 10 mil prédios foram danificados ou destruídos pelo terremoto de 5.8 graus na escala Richter em L’Aquila, de 70 mil habitantes, e em 26 cidades vizinhas.

Uma das cidades vizinhas mais atingidas foi Onna, perto de L’Aquila. "Nós perdemos 15 pessoas da nossa família. Bebês e crianças foram mortas", disse o aposentado Virgilio Colajanni, em lágrimas. Dos 300 habitantes de Onna, 40 foram mortos pelo terremoto.

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