Antes do pedido público de desculpas, assessores se encontraram com o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry| Foto: Reprodução/Twitter
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Dois assessores do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediram desculpas ao povo do Haiti durante uma visita a Porto Príncipe pelos maus tratos aos migrantes haitianos na fronteira sul do país. O assessor de Biden para a América Latina, Juan González, pediu desculpas em nome do governo dos EUA durante uma entrevista coletiva com o subsecretário de Estado para os Assuntos do Hemisfério Ocidental, Brian Nichols, na embaixada americana na capital haitiana.

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“Sobre as tristes imagens do tratamento aos migrantes haitianos na nossa fronteira: quero dizer que foi uma injustiça, que foi um erro. E quero pedir desculpas ao povo do Haiti. Não é assim que os funcionários de fronteira se comportam”, disse González. O assessor também foi enfático ao pedir aos haitianos que não se arrisquem viajando para a fronteira sul dos Estados Unidos.

“A mensagem é: não arrisque a sua vida e não migre agora, o risco é grande demais”, disse González, que expressou o compromisso de Washington de apoiar o país caribenho. Ao chegarem ao Haiti na quinta-feira (30), González e Nichols se encontraram com o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, com quem discutiram a questão da migração, a crise política que o país atravessa, os planos de recuperação após o terremoto de agosto passado e a pandemia.

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A visita ocorreu uma semana depois de o enviado especial dos EUA ao Haiti, Daniel Foote, ter renunciado em protesto contra o “tratamento desumano” de Washington aos migrantes haitianos na fronteira mexicana.

O governo de Biden recebeu críticas pela forma como lidou com a crise que eclodiu há semanas com a chegada de milhares de imigrantes, a maioria haitianos, à fronteira entre EUA e México. Eles ficaram em um acampamento improvisado construído debaixo de uma ponte em Del Rio, no Texas.

O local foi fechado na sexta-feira passada (24), segundo confirmou o secretário de Segurança Nacional, Alejandro Mayorkas, que detalhou que cerca de 2 mil pessoas foram expulsas do Haiti e outras 8 mil retornaram ao México. Outros imigrantes foram autorizados a submeter o seu caso a um juiz de imigração para determinar a sua permanência no país.