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Forças de segurança cercam o Hotel Corinthia, em Trípoli | Ismail Zitouny/Reuters
Forças de segurança cercam o Hotel Corinthia, em Trípoli| Foto: Ismail Zitouny/Reuters

O número de mortos na explosão de um carro-bomba e no posterior ataque a um hotel de luxo nesta terça-feira em Trípoli subiu para 11, segundo informou Esam al Naas, porta-voz do Escritório de Operações de Segurança.

Al Naas detalhou que entre as vítimas há quatro de nacionalidade estrangeira, cinco agentes de segurança e bombeiros, e dois membros do grupo que atacou o hotel. Estes últimos, que tinham entrado no hotel após a explosão, morreram quando subiram ao 24º andar, onde as forças de segurança os atacaram com uma granada de mão.

Esse andar está geralmente reservado para a missão diplomática do Catar, mas nenhum diplomata ou responsável desse escritório se encontrava nele no momento do ataque.

O hotel Cornitia se encontra sob estrita proteção porque nele mora o presidente do governo islamita de Trípoli, Omar al Hasi, e costumam alojar-se os integrantes das missões diplomáticas estrangeiras, segundo a fonte. No ataque, dez pessoas ficaram feridas, entre elas policiais e residentes do hotel.

O porta-voz disse que continuam as investigações para identificar quem está por trás do ataque e descartou que se trate de extremistas islâmicos. Porém, o ataque foi reivindicado pela braço líbio do jihadista Estado Islâmico (EI), em comunicado divulgado pelo site americano SITE, que vigia os movimentos terroristas.

Segundo as fontes, os homens armados se refugiaram no hotel, sede do governo rebelde líbio e de diferentes missões diplomáticas, após a explosão de um carro-bomba. Os pistoleiros entraram no recinto após abrir fogo contra os guardas de segurança, matando três deles, indicaram as fontes.

O atentado ocorreu apenas horas depois que do início do segundo dia da nova rodada de diálogos apoiada pela ONU em Genebra, que procura alcançar uma solução que permita que a Líbia saia do caos e do espiral de violência no qual vive desde que em 2011 a Otan contribuiu para derrubar o regime ditatorial de Muammar Kadafi.

Desde então, o país está dividido, com dois governos, um internacionalmente reconhecido em Tobruk e outro rebelde em Trípoli, apoiado por milícias islamitas, ex-generais admiradores de Khadafi, líderes tribais e senhores da guerra vinculados com o tráfico de armas, drogas e pessoas.

Semanas atrás, fontes de inteligência norte-americanas e europeias filtraram um documento no qual advertia que células vinculadas ao EI tinham se instalado no leste da Líbia, onde aparentemente acolhem e treinam jihadistas da Tunísia, Argélia e outras áreas do norte da África e o Sahel dispostos a se unir à jihad na Síria e Iraque.

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