CEO da Gazprom informou que intenção da União Europeia de colocar limite de preços representaria quebra de contrato| Foto: EFE/EPA/ANATOLY MALTSEV
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A tentativa de impor um teto aos preços do gás russo na Europa significará o corte de fornecimentos, advertiu neste domingo (16) o CEO da estatal Gazprom, Alexey Miller, à emissora de TV pública russa.

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“Nos pautamos pelos contratos firmados. Uma decisão unilateral como essa seria uma violação das atuais condições do contrato, que implicaria a cessação do fornecimento”, disse.

Miller lembrou que esta medida em reação à imposição de tetos de preços aos hidrocarbonetos russos está prevista em um decreto presidencial assinado em março pelo presidente russo, Vladimir Putin.

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O próprio chefe de Estado russo advertiu em várias ocasiões que qualquer tentativa de limitar os preços do petróleo e do gás russos significaria que a Rússia não exportaria esses itens e pediu à União Europeia que não viole as leis de oferta e da procura que regem o comércio internacional.

Entre as últimas sanções impostas pela UE à Rússia, está o compromisso de impor um limite global ao preço do petróleo russo e seus derivados, de forma que as companhias marítimas europeias só poderão transportá-lo da Rússia para países terceiros se for vendido a um preço igual ou inferior ao estabelecido.

O teto do preço do petróleo não será um valor fixo, mas uma variável que coloca o preço do petróleo bruto russo abaixo do preço do mercado global, reduzindo assim a receita que a Rússia obtém com a venda de combustíveis fósseis e que utiliza para financiar a guerra contra a Ucrânia.

Esse mecanismo para punir a Rússia foi um dos temas discutidos pela secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, com os ministros do Eurogrupo, com quem também discutiu a necessidade de acelerar a assistência econômica à Ucrânia.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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