O pré-candidato republicano às eleições presidenciais Newt Gingrich propôs nesta quarta-feira (25) em Miami, capital do exílio cubano nos Estados Unidos, uma "primavera cubana" que ajude a colocar fim ao regime comunista na ilha caribenha, citando as revoltas nos países árabes do ano passado.

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"Não acredito que isso tenha se passado na cabeça de apenas uma pessoa na Casa Branca, olhar para o sul e propor uma primavera cubana", disse o ex-presidente da Câmara dos Representantes em um discurso no Colégio Republicano da Universidade Internacional da Flórida (FIU).

Gingrich, o pré-candidato de 68 anos que espera tirar qualquer possibilidade de vitória de seu rival Mitt Romney nas primárias da Flórida de 31 de janeiro, voltou a criticar a flexibilização nas relações com Cuba empreendidas pelo presidente Barack Obama.

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Para o político, Obama "está fazendo exatamente o contrário do que eu teria feito", disse ao se referir à decisão do presidente democrata de pôr fim às restrições impostas aos americanos para viajar a Cuba, assim como para a venda de alimentos e remédios à ilha, revogando uma medida de 2004 do então presidente George W. Bush.

Gingrich voltou a repetir sua intenção de empregar "qualquer ferramenta não militar disponível" para derrubar o regime cubano, assim como disse em um debate em Tampa (centro da Flórida) quando citou técnicas usadas por Ronald Reagan, o papa João Paulo II e a líder britânica Margaret Thatcher para derrubar a União Soviética.

"Mais de 50 anos de ditadura são mais que suficientes". "Quero enviar uma mensagem clara às gerações de jovens cubanos, que é a de que não vai haver sucessor de Castro", afirmou o político republicano, o qual algumas pesquisas o localizam à frente, por leve margem, de Mitt Romney, e outra mais recente da rede CNN o posiciona ainda longe de alcançá-lo.

Os dois rivais, os principais da disputa republicana, seguidos por Rick Santorum e Ron Paul, no terceiro e quarto posto respectivamente, têm as mesmas promessas em relação a Cuba.

Em um fórum realizado nesta quarta-feira de manhã no estúdio da emissora latina Univisión, Gingrich também disse que era necessário assumir posturas mais duras em relação à Venezuela. "Hugo Chávez é um Fidel mais jovem" e representa uma ameaça para a região por seus vínculos com o governo iraniano.

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Mudanças

Para o restante da América Latina, Gingrich disse que os Estados Unidos deviam realizar mudanças fundamentais como "fortalecer drasticamente" o Comando Sul americano e que ele transferiria a suipervisão do México do Comando Norte ao Comando Sul, uma medida que poderia ajudar o México a ganhar sua guerra contra os cartéis da droga, considerou o candidato.

O político criticou a ineficácia da ajuda ao Haiti, porque não se vê refletida em bem-estar da população: "creio que temos que repensar como focar a ajuda externa e como ajudar as pessoas", disse Gingrich sem aprofundar nos detalhes essas mudanças.

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