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O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (7) que impôs sanções econômicas contra 20 empresas da Venezuela e do Panamá controladas por três venezuelanos, identificados por Washington como narcotraficantes.

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Em nota, o órgão aponta o venezuelano Pedro Luis Martin Olivares como um "significante narcotraficante estrangeiro" e acrescenta que Walter Alexander Del Nogal Marquez e Mario Antonio Rodriguez Espinoza oferecem apoio financeiro, logístico e tecnológico às suas atividades de narcotráfico.

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O comunicado acrescenta que Martin é ex-chefe de Inteligência Financeira para o então Diretório Nacional de Inteligência e Serviços de Prevenção (Disip) em Caracas, hoje conhecido como o Serviço Nacional Bolivariano de Inteligência (Sebin).

Em 2015, ele foi acusado pela Justiça da Flórida de associação para distribuir drogas nos EUA. O Departamento do Tesouro afirma que ele se aproveitou da posição para facilitar a movimentação dos traficantes na Venezuela.  

“Martín facilitou o movimento de várias toneladas de cocaína e utiliza vários métodos de lavagem de dinheiro, incluindo o traslado de dólares americanos por avião, mensageiros e contratos com terceiros”, detalhou.  

Ele trabalhava diretamente com Hugo Carvajal, militar de confiança de Hugo Chávez (1954-2013) que foi designado em 2008 traficante de drogas pelos EUA. Martín, porém, não tem influência política no regime de Maduro.

"Corrupção sistêmica e um colapso no domínio da lei são características definidoras do governo da Venezuela", afirma na nota o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin. 

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"Nós negaremos a oficiais corruptos do regime venezuelano o acesso ao sistema financeiro dos EUA à medida que trabalhamos com parceiros internacionais para apoiar o povo venezuelano na restauração da democracia e em um retorno à prosperidade", completa.

Suspensão de eleições

Além do novo veto, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, pediu aos países da OEA (Organização dos Estados Americanos) sanções contra o regime de Nicolás Maduro, a quem exigiu a suspensão das eleições do próximo dia 20 na Venezuela.  

Em visita à sede do órgão nesta segunda-feira (7), Pence chamou o pleito de fraude e defendeu que outros Estados congelem ativos e cassem os vistos de membros da ditadura, a exemplo do que fez a Casa Branca.  

“Não haverá eleição real na Venezuela em 20 de maio e o mundo sabe disso. Toda nação livre reunida aqui deve tomar medidas mais fortes para apoiar o povo venezuelano e enfrentar seus opressores”, disse.

Ao mandatário, fez um chamado para que “abra a Venezuela para ajuda internacional, e abra agora”, o que Maduro se nega por considerar que não há crise humanitária e que fomentaria uma intervenção estrangeira no país.  

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Desde o anúncio das eleições, os EUA dizem que não as reconhecerá. A votação foi boicotada pela maior parte da oposição, cujos principais líderes estão presos, inelegíveis ou no exterior devido à perseguição do regime.  

O discurso de Pence, o primeiro de um vice americano desde 1994, ocorreu sem a delegação venezuelana. Minutos depois, porém, o embaixador do país na ONU, Samuel Moncada, chamou-o de uma farsa e uma monstruosidade.  

Ele disse que não há possibilidade de a votação ser suspensa e que, ao defender sanções, disse que Pence pediu à OEA um crime internacional. “A Carta da OEA proíbe medidas coercitivas, para evitar que atuem como mafiosos.”  

Segundo Moncada, a delegação não participou da sessão porque a mesa diretora da organização negou a instalação de um microfone em sua mesa para replicar Pence. “Foi uma armação e uma vergonha internacional.”