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O presidente do Irã, Hassan Rouhani, em encontro com o primeiro-ministro do Japão, Abe Shinzo, em Tóquio, 20 de dezembro de 2019
O presidente do Irã, Hassan Rouhani, em encontro com o primeiro-ministro do Japão, Abe Shinzo, em Tóquio, 20 de dezembro de 2019| Foto: Charly TRIBALLEAU and CHARLY TRIBALLEAU / POOL / AFP

Os Estados Unidos se mostraram dispostos a retomar negociações com o Irã, mas alertaram que farão o que estiver ao seu alcance para conter o que chamam de "comportamento maligno" do governo iraniano se ameaçar desestabilizar o Oriente Médio.

O Irã tem sido acusado pela Arábia Saudita, Estados Unidos e outros membros do Conselho de Segurança da ONU por ataques contra refinarias e petroleiros sauditas. Mas as investigações ainda não confirmam as suspeitas.

A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Kelly Craft, disse que o governo Trump também rejeita certas "ameaças nucleares" para normalizar seu comportamento desestabilizador. O comentário foi feito em meio a reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a implementação de uma resolução endossando o acordo nuclear de 2015, entre o Irã e as principais potências mundiais.

O embaixador iraniano Majid Takht Ravanchi chamou a oferta americana de "dissimulada". Segundo o iraniano, os Estados Unidos querem entrar em diálogo com "imposição de força, mantendo sanções e pressão máxima", e não com base em igualdade de condições. "O Irã não negocia sob a ameaça de uma espada", disse Ravanchi. Para o governo iraniano a implementação da resolução de 2015, endossando a acordo nuclear internacional, abre caminho para começar "um diálogo genuíno".

O governo Trump retirou-se do acordo em maio de 2018 e desde então intensificou as sanções contra o Irã.

A chefe da ONU para questões políticas, Rosemary DiCarlo, disse ao Conselho de Segurança que as tensões na região "aumentaram de maneira preocupante" em 2019. "Testemunhamos ataques contra petroleiros, ataques contra um aeroporto civil e um ataque altamente sofisticado e sincronizado contra instalações de petróleo da Arábia Saudita", disse ela. "Esses desenvolvimentos aproximaram perigosamente a região de um sério confronto", alertou.

O representante da Rússia saiu em defesa do Irã. "As chamadas evidências fornecidas sobre a culpabilidade do Irã não são convincentes", disse o embaixador da Rússia, Vassily Nebenzia. Ele chamou o acordo de 2015 entre o Irã e EUA, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha de 'a conquista do multilateralismo'. "Não podemos permitir pressão política, asfixia econômica e chantagens militares prevalecerem", acrescentou.

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