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O ex-presidente do IrãMohammad Khatami deve anunciar em alguns dias que vai concorrer nas eleições de junho, e espera conquistar eleitores ávidos para acabar com o isolamento internacional da República Islâmica, disse neste domingo um aliado próximo dele.

Khatami, que foi presidente de 1997 a 2005, comandou o abrandamento entre as relações do Irã com o Ocidente. Mas essas relações passaram se deteriorar sob o presidente Mahmoud Ahmadinejad, que, de acordo com um assessor, vai tentar a reeleição para um novo mandato de mais quatro anos.

Os críticos de Ahmadinejad dizem que seus pronunciamentos alterados contra o Ocidente exacerbaram uma disputa pelo programa nuclear do Irã. Eles também o acusam de políticas econômicas ruins que levaram ao aumento da inflação e amplos gastos do dinheiro oriundo do petróleo.

"Eu acredito que Khatami anunciará sua candidatura nos próximos dias", disse à Reuters Mohammad Ali Abtahi, ex-vice-presidente do governo de Khatami e aliado próximo dele.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ofereceu uma nova abordagem para o Irã, que não teve relações com Washington por três décadas, ao afirmar que dará a mão para um acordo de paz caso a República Islâmica "descerre o punho".

Diplomatas disseram que essa é uma rara oportunidade para acabar com uma ruptura que começou com a revolução islâmica de 1979. Khatami chegou ao poder em 1997, derrotando um rival visto na época como o candidato da situação. Ele assegurou os seus votos com promessas de mudanças políticas e sociais.

Mas os conservadores, que ainda controlavam muitos níveis do poder quando Khatami estava na Presidência, bloquearam muitas de suas reformas, desapontando apoiadores como os ativistas estudantis, que diziam que ele deveria ter feito mais para se posicionar.

Quando perguntado se as frustrações do passado talvez possam atingir as chances de Khatami, Abtahi disse: "O isolamento internacional do Irã sob Ahmadinejad e a situação econômica do Irã... podem ajudar Khatami a atrair os votos daqueles que apoiavam Ahmadinejad nas últimas eleições".

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