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O presidente argentino, Alberto Fernández: interferência na Suprema Corte
O presidente argentino, Alberto Fernández: interferência na Suprema Corte| Foto: EFE/EPA/FILIP SINGER

O presidente argentino, Alberto Fernández, reuniu-se com governadores nesta quinta-feira (02) para discutir sobre a criação de um projeto que amplie a quantidade de integrantes da Corte Suprema: de cinco para 25 juízes.

No ano passado, Fernández já anunciava a intenção de ampliar a mais alta corte do país. O tema também é prioridade do kirchenismo, desde 2013, quando a Corte Suprema considerou institucional uma proposta de reforma no Conselho de Magistratura, proposta pela então presidente, e hoje vice-presidente, Cristina Kirchner.

O projeto prevê que todas as províncias sejam representadas e que a corte seja composta por pelo menos 12 mulheres. "A iniciativa quer ajudar o sistema judiciário, oferecendo uma composição mais ampla que facilite a celeridade processual", disse Alberto Rodríguez Saá, governador de San Luis, durante a coletiva de imprensa.

A oposição critica a iniciativa. “Os governadores peronistas têm um pé no caudilho: cada um quer colocar seu próprio juiz na Corte Suprema", publicou nas redes sociais o deputado da União Cívica Radical Mario Neri.

Essa interferência do executivo no judiciário já foi vista na Venezuela. A ampliação da corte foi uma estratégia usada no país, para aprovação rápida das pautas chavistas, que contribuíram com a transformação do país em uma ditadura. O ex-ditador Hugo Chávez aumentou o número de juízes na mais alta corte da Venezuela de 20 para 32 em 2004 e não perdeu um único caso depois disso.

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