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Calais - A polícia da França começou, ontem, a desalojar os moradores de um campo de imigrantes conhecido como "a selva", onde vivem centenas de milhares de imigrantes ilegais que tentavam chegar à Grã-Bretanha.

Aproximadamente uma dezena de caminhões com policiais antidistúrbio chegou ao lugar, localizado perto da cidade costeira de Calais, no norte do país. A maioria dos imigrantes é do Afe­­ganistão. Muitos afegãos realizam longas, caras e perigosas viagens até a Europa. Vários ativistas defensores dos direitos dos imigrantes também estão na área.

Os estrangeiros tentam enganar a elaborada rede de segurança fronteiriça, que inclui sensores de calor e câmaras infravermelhas, no porto de Calais e no túnel do Canal da Mancha, por onde passa o trem Eurostar e outros veículos.

Faz quase uma década, muitos milhares de imigrantes chegavam, com a esperança de que algum motorista os ajudasse a ir para a Grã-Bretanha. Hoje, apenas alguns conseguem fazer isso.

O ministro da Imigração da França, Eric Besson, prometeu acabar com o campo neste ano. O local é visto como um pesadelo de saúde pública e um paraíso para traficantes de seres humanos. Também é um fator de conflito com os britânicos, que desejam mais proteção na fronteira.

A Grã-Bretanha é vista como um lugar mais fácil que a França para um imigrante construir uma vida, mesmo que clandestinamente.

Chegaram a viver na "selva" até mil pessoas, mas, após o anúncio de Besson, a cifra tem caído. O ministro apontou que aproximadamente 250 pessoas continuavam na área, antes de começar a operação de despejo.

O Ministério de Imigração prometeu oferecer opções aos imigrantes. Caso aceitem sair do país, podem obter di­­nhei­­ro. E caso tenham o perfil, po­­dem pedir asilo no país. Os que não aceitarem as condições serão expulsos.

Em 2002, as autoridades desmantelaram um campo operado pela Cruz Vermelha na vizinha Sangatte, utilizado por ilegais como trampolim para cruzar o canal, em trens de carga ou caminhões.

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