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O chefe do Estado-Maior americano, general Mark Milley, durante audiência no Senado dos EUA
O chefe do Estado-Maior americano, general Mark Milley, durante audiência no Senado dos EUA| Foto: EFE/EPA/Patrick Semansky

O general Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, defendeu nesta terça-feira (28) os telefonemas que fez a seus homólogos na China, durante o final do mandato do ex-presidente Donald Trump, dizendo que o contato foi feito para "diminuir a tensão" com Pequim, e que Trump nunca quis atacar a China.

"Eu sei, eu tenho certeza que o presidente Trump não tinha intenção de atacar os chineses", afirmou Milley, em audiência do Comitê para as Forças Armadas do Senado americano. "A minha lealdade a essa nação, ao seu povo e à Constituição não mudaram e nunca mudarão", completou.

O general afirmou ainda que se comunicava rotineiramente com o seu homólogo chinês, com conhecimento e coordenação da supervisão civil.

As conversas entre o general e autoridades chinesas foram reveladas em um livro dos jornalistas Bob Woodward e Robert Costa sobre os bastidores da presidência de Trump (2017-2021), lançado neste mês. Segundo trechos do livro, Milley teria dito que alertaria a China sobre um eventual ataque americano ao país.

Republicanos imediatamente pediram a demissão de Milley, acusando-o de minar o trabalho do então presidente. O próprio Trump disse que, se a história fosse verdadeira, Milley "deveria ser julgado por traição".

Na audiência, Milley e o general Kenneth McKenzie, do Comando Geral dos Estados Unidos, também falaram sobre a retirada das tropas americanas do Afeganistão e apontaram que recomendaram que um contingente de 2,5 mil homens permanecesse no país. A informação contradiz uma declaração do presidente Joe Biden, que disse em agosto à ABC News que não se lembrava de nenhuma recomendação nesse sentido.

O secretário da Defesa, Lloyd Austin, que também participou da audiência, afirmou que a sugestão foi recebida pelo presidente e "certamente foi considerada".

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