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A polícia da Guiana disse na terça-feira ter encontrado plantas de encanamentos na casa de Abdul Kadir, um dos quatro homens indiciados por um frustrado plano para explodir instalações de combustíveis no aeroporto internacional John Fitzgerald Kennedy, de Nova York.

O delegado Henry Greene disse à Reuters ser incapaz de identificar o tipo de encanamento da planta, mas afirmou que "parece ser coisa de engenharia".

O indiciamento feito nos EUA dizia que Kadir usou sua formação de engenheiro civil para preparar os detalhes técnicos da explosão. Acrescentou que Kadir, um clérigo muçulmano xiita, ofereceu financiamento para a conspiração e agiu como intermediário entre os conspiradores e a Jamaat Al Muslimeen, grupo extremista islâmico responsável por um golpe em 1990 em Trinidad.

Kadir e outro suspeito, Kareem Ibrahim, compareceram à primeira audiência judicial na segunda-feira em Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago. Em nota, a família dele disse que ele é inocente.

Kadir era consultor da mineradora de bauxita Linmine na cidade de Linden, cerca de 105 quilômetros ao sul de Georgetown. Foi parlamentar da oposição na Guiana até agosto de 2006 e prefeito de Linden de 1994 a 96.

Greene disse que a polícia conversou com a esposa de Kadir. "Ela negou qualquer conhecimento do complô para explodir o JFK ou o envolvimento de seu marido", disse ele a jornalistas.

Ela confirmou que Kadir conheceu o líder da Jamaat Al Muslimeen, Yasin Abu Bakr, quando freqüentou a Universidade das Índias Ocidentais, em Trinidad. Mas ela acrescentou que os dois não mantinham contato desde então, e esclareceu que seu marido é xiita, enquanto o grupo de Abu Bakr é sunita.

Greene disse também que a polícia retirou alguns documentos da casa em Georgetown onde vivia Abdel Nur, outro guianense envolvido na trama. Nur se rendeu na terça-feira à policia em Trinidad, mas se disse inocente.

O delegado afirmou ainda que a sala de Nur na casa em Georgetown era "desprotegida e aparentemente abandonada", e que a polícia estava verificando relatos de que dois homens teriam retirado roupas do local na véspera da batida policial.

Green disse que as forças de segurança "não estão cientes de quaisquer ligações muçulmanas radicais na Guiana" e que a polícia local criou uma equipe para trabalhar no caso com os EUA.

O quarto suspeito, Russell Defreitas, cidadão norte-americano nascido na Guiana, foi preso em Nova York.

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