O soldado americano suspeito de assassinar 16 civis afegãos no final de semana passado foi identificado nesta sexta-feira (16) como Robert Bales e é esperado na base de Fort Leavenworth, no Kansas (Estados Unidos).
Fontes militares que pediram anonimato confirmaram a identidade do suspeito a várias emissoras de televisão, que revelaram que o sargento tem 38 anos, uma mulher e dois filhos, de 3 e 4 anos.
Bales, nascido em Ohio, foi transferido na quarta-feira passada do Afeganistão ao Kuwait, onde esteve em prisão preventiva para garantir sua integridade, e ainda não foi acusado oficialmente.
A expectativa é que o suspeito chegue nesta sexta à base militar do Kansas, segundo antecipou à "CNN" seu advogado, John Henry Browne.
O advogado destacou que seu cliente é um soldado com histórico "exemplar", foi ferido e condecorado no Iraque, onde sofreu traumatismo cerebral e perdeu parte de um pé e mesmo assim foi enviado de novo à frente de batalha.
"Não entendo por que voltaram a enviá-lo ao Afeganistão", afirmou o advogado, frisando que em suas conversas com os parentes de Bales deduziu que eles não esperavam que o soldado voltasse à batalha e o próprio não queria ir.
O suspeito alistou-se nas Forças Armadas uma semana depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, porque "sentia que era seu dever defender os EUA", declarou Browne.
Segundo disse na quinta-feira um alto funcionário americano ao jornal "The New York Times", o soldado consumiu álcool antes do massacre e lutava contra o estresse e tensões com sua mulher, embora de acordo com Browne não existisse problemas entre o casal.
A esposa, que segundo o advogado se encontra em estado de choque após o fato, e os dois filhos do soldado foram transferidos por motivos de segurança à base de Lewis-McChord, no estado de Washington, à qual pertence o militar.
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