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O Comitê Nobel da Noruega destacou seu "grande valor pessoal" que, "na tradição de Gandhi", o levou a liderar protestos e manifestações, todas pacíficas, para denunciar a exploração infantil | Reuters/Adnan Abidi
O Comitê Nobel da Noruega destacou seu "grande valor pessoal" que, "na tradição de Gandhi", o levou a liderar protestos e manifestações, todas pacíficas, para denunciar a exploração infantil| Foto: Reuters/Adnan Abidi

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O indiano Kailash Satyarthi, defensor dos direitos da infância, dedicou nesta sexta-feira (10) seu prêmio Nobel da Paz às crianças em condição de escravidão.

Satyarthi e a paquistanesa Malala Yousafzai foram anunciados vencedores do prêmio nesta sexta-feira.

"É uma honra para todas as crianças que ainda estão sofrendo com escravidão, trabalho forçado e o tráfico", disse Satyarthi ao canal de notícias CNN-IBN.

O Comitê Nobel da Noruega destacou seu "grande valor pessoal" que, "na tradição de Gandhi", o levou a liderar protestos e manifestações, todas pacíficas, para denunciar a exploração infantil.

"Contribuiu além disso para o desenvolvimento de grandes convenções internacionais dos direitos das crianças", ressaltou.

Nascido em 1954 em Vidisha, na Índia, país onde ainda reside, Satyarthi é presidente da ONG Marcha Global contra o Trabalho Infantil. Liderou em 1998 uma mobilização civil contra o exploração infantil que reuniu cerca de 7,2 milhões de pessoas e que deu lugar ao nascimento da ONG.

Satyarthi, 60, diz ter agido para proteger os direitos de 80 mil crianças.

"Os créditos vão para os indianos que lutaram para manter a democracia tão viva e vibrante, na qual eu fui capaz de manter minha luta", disse o ativista.

"Algo que nasceu na Índia passou ao nível mundial e agora temos um movimento mundial contra o trabalho infantil", acrescentou Satyarthi.

Em um recente editorial, Satyarthi disse que os dados de organizações não-governamentais indicam que o número de crianças que trabalham na Índia poderia ser de 60 milhões - 6% da população total.

"As crianças são empregadas não só por causa da pobreza dos pais, do analfabetismo, da ignorância, da falta de programas de desenvolvimento e educação, mas bastante devido ao fato de que os empregadores se beneficiam imensamente do trabalho infantil por ser a opção mais barata", escreveu.

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