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O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse nesta sexta-feira que seu país não deveria demonstrar fraqueza com relação a seu programa nuclear.

A afirmação foi feita depois de Teerã ter ignorado um prazo da Organização das Nações Unidas (ONU) para suspender seu trabalho nuclear que, diz o Ocidente, será usado para fabricar bombas atômicas.

O Conselho de Segurança da ONU deu ao Irã até 21 de fevereiro para suspender o enriquecimento de urânio, um processo que pode gerar energia para usinas ou material para ogivas.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU disse na quinta-feira que o Irã não havia cumprido a exigência.

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, mais a Alemanha, vão se reunir em Londres na próxima semana para discutir possíveis medidas contra a república islâmica, além das sanções da ONU, que barram a transferência de tecnologia nuclear e o conhecimento, ambos impostos em dezembro último.

``Se mostrarmos fraqueza diante do inimigo as expectativas vão aumentar, mas se nos unirmos contra eles, por causa dessa resistência, eles vão se retirar'', disse Ahmadinejad em um discurso no norte do Iraque, segundo a agência de notícias ISNA.

Ahmadinejad não é a maior autoridade na República Islâmica, mas suas declarações são as mesmas das do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, que tem a palavra final e que já disse que o Irã continuaria com suas ambições nucleares.

``Os inimigos se tornaram tão descarados que querem que nós sigamos completamente essas regras que eles mesmos não seguiram'', disse Ahmadinejad.

AUMENTANDO A PRESSÃO

O Irã já havia suspendido o enriquecimento de urânio sob um acordo com a União Européia, que foi descumprido em 2005.

O presidente disse no início desta semana que o Irã só iria suspender seu trabalho de combustível nuclear se os países que exigem isso fizessem o mesmo.

Os Estados Unidos aumentaram a pressão sobre o Irã lançando sanções contra dois bancos estatais iranianos e três empresas que estão associadas com a proliferação. Também enviou um segundo porta-aviões ao Golfo com caças de apoio, uma medida vista como uma advertência ao Irã.

Washington diz querer uma solução diplomática e que não deseja uma guerra, mas não descartou o uso da força se isso se mostrar necessário.

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