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VIENA - Na reunião realizada na sexta-feira com representantes da União Européia, em Viena, o negociador iraniano Ali Larijani disse que o país poderia se comprometer a não enriquecer urânio em escala industrial durante dois anos, com a condição de que mantivesse o seu programa de pesquisas.

A proposta foi recusada pelos diplomatas europeus, que não a consideraram suficiente para dissipar as suspeitas de que o Irã possa estar fabricando armas atômicas sob a fachada de um programa nuclear civil.

- A oferta de Larijani não é base para um compromisso - disse um diplomata europeu.

Além do negociador iraniano, participaram do encontro de sexta-feira os ministros das Relações Exteriores da Alemanha e da França, um representante da Grã-Bretanha e o alto comissário para a Política Externa da UE, Javier Solana.

O fracasso da reunião abriu caminho para possíveis sanções do Conselho de Segurança da ONU contra o Irã, embora essa possibilidade seja vista como pouco provável pela secretária de Estado americana Condoleezza Rice.

Os líderes da UE disseram que Larijani não ofereceu nada que possa apontar para uma solução da crise, embora tenha adotado um tom mais conciliador e construtivo do que o de outras vezes.

Larijani disse que, em breve, o Irã voltará a permitir as inspeções por parte da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês). Um diplomata iraniano próximo às conversações disse que havia uma "alta possibilidade" de haver um acordo com a UE3, sigla pela qual é conhecido o trio formado por Alemanha, Grã-Bretanha e França. Um diplomata europeu, no entanto, afastou a possibilidade de acordo naqueles termos, argumentando que a oferta de interromper o enriquecimento de urânio em escala industrial por dois anos é irrelevante, já que é improvável que o Irã alcance esse patamar antes de 2009.

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