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O quarto carregamento de combustível nuclear de fabricação iraniana foi levado para o reator experimental de uso médico de Teerã, informou neste domingo o vice-presidente do Governo e diretor da Organização de Energia Atômica do Irã (OEAI), Fereydun Absi.

Em declarações divulgadas pela agência oficial de notícias iraniana "Irna", Absi disse que "a República Islâmica do Irã produz combustível enriquecido a 20% na quantidade que necessita e seguirá produzindo" para uso médico.

Segundo a agência local "Mehr", Absi explicou que o Irã tem capacidade para produzir combustível para submarinos e embarcações nucleares, que necessitam urânio enriquecido entre 50% e 60%, mas acrescentou que "a produção acima de 20%, por enquanto, ainda não está em nossos planos".

Absi disse ainda que o país seguirá negociando a questão nuclear com o Grupo 5+1 (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia mais Alemanha), sem admitir pressões por meio de sanções para que o país renuncie a seu programa atômico.

Em 15 de fevereiro, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, colocou a primeira placa de combustível nuclear de fabricação nacional, produzida nas instalações de Isfahan, no centro do país, no reator de Teerã.

Outros dois lotes de placas de combustível nuclear de urânio enriquecido a 20% foram enviados em maio de Isfahan ao reator experimental de Teerã, que segundo o Governo produz isótopos radioativos para o tratamento de cerca de 800 mil doentes.

A produção de placas em Isfahan e o reator de Teerã, além do resto das instalações nucleares iranianas, estão sob observação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), de acordo com o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), do qual o Irã é signatário.

Uma dos pedidos das potências ocidentais do 5+1 ao Irã é que país interrompa o enriquecimento de urânio a 20%, que não é suficiente para produzir armas atômicas, que necessitam do elemento a 90%. Porém, isto significaria um passo para um maior enriquecimento no futuro.

O Irã está submetido a sanções da ONU, União Europeia, EUA e outros países devido à suspeita de que seu programa nuclear poderia ter fins armamentistas, o que Teerã sempre negou.

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