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A Irmandade Muçulmana anunciou que vai formar um partido político tão logo sejam revogadas as proibições implantadas durante a ditadura de Hosni Mubarak.

Fundada na década de 20, a Irmandade era o maior grupo de oposição durante o regime de Mubarak; manteve, porém, atitude discreta nos protestos que levaram à queda do ditador. Embora banida, era tolerada e apoiava candidatos independentes.

Em declaração no seu site, o grupo disse que montará legenda própria assim que "a demanda popular pela liberdade de criar partidos’’ seja levada em conta pela junta militar que governa o Egito.

Sobhi Saleh, um dos integrantes do comitê que a junta militar egípcia convocou para discutir mudanças constitucionais, afirmou que o país viverá sob uma "Constituição emendada’’ até que a democracia seja instaurada.

Segundo jovens ativistas, a intenção dos militares é que as emendas sejam feitas em até dez dias e que a nova Carta seja submetida a referendo dentro de dois meses.

Especialista em assuntos jurídicos, Saleh também é integrante da Irmandade Muçulmana. Sua escolha para o comitê fez aumentarem os rumores de que os militares estariam dispostos a colocar a organização na legalidade.

Outro membro do grupo, Essam al-Erian, pediu aos militares uma "ponte de confiança com o povo’’, referindo-se à suspensão das leis de emergência no país e à libertação dos presos políticos.

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