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Primeiro-ministro israelense ordena "resposta severa" a foguetes palestinos

Ataque palestino partiu da Faixa de Gaza em direção ao sul de Israel.

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Israel bombardeou nesta quinta-feira (17) as forças do Hamas na Faixa de Gaza, matando pelo menos quatro pessoas e complicando a situação dos palestinos, que após seis dias de conflitos internos estão cada vez mais próximos de uma guerra civil.

Tanques e tropas israelenses também entraram na Faixa de Gaza, a região litorânea desocupada por Israel em 2005. Um porta-voz disse tratar-se de uma "pequena força" numa "operação defensiva", sem deixar claro se isso representa uma mudança em relação à política de deixar toda a Faixa de Gaza sob controle de forças palestinas, exceto as áreas próximas à fronteira.

Um prédio onde funcionava a Força Executiva do Hamas no centro da Cidade de Gaza foi reduzido a entulho, e pelo menos 40 pessoas ficaram feridas só nesse ataque, segundo uma fonte hospitalar. A facção Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, tenta desmantelar a Força Executiva do grupo islâmico.

Israel também instalou baterias de artilharia junto à fronteira, e moradores locais disseram ter visto tanques avançando para cidades no norte de Gaza. O Exército não comentou os deslocamentos, mas recentemente os militares treinaram para uma possível invasão de Gaza por terra.

O Exército israelense interferiu nas emissões locais de rádio para alertar os moradores do norte de Gaza a não se aproximarem de seus soldados na região.

Apesar do cessar-fogo negociado por Abbas e pelo líder exilado do Hamas, Khaled Meshaal, quatro palestinos -- inclusive uma mulher e um menino -- foram mortos na quinta-feira em confrontos entre as duas facções. Já são pelo menos 44 vítimas fatais desde sexta-feira.

Israel disse ter feito os bombardeios aéreos em resposta a foguetes lançados contra seu território. O Hamas acusou Israel de cumplicidade com a Fatah, que por sua vez rejeitou tais acusações e disse que os palestinos devem se unir contra a violência israelense.

Em resposta aos intensos bombardeios, a ala armada do Hamas ameaçou retomar os atentados suicidas contra Israel, suspensos desde 2004.

Depois de atingir o prédio da Força Executiva, a aviação israelense destruiu um carro que transportava um comandante da ala armada do Hamas, que ficou gravemente ferido. Um outro militante morreu.

Um outro combatente do Hamas foi morto no ataque aéreo a uma posição da Força Executiva em frente à casa do porta-voz do Ministério do Interior.

No sul da Faixa de Gaza, um bombardeio israelense contra lançadores de foguetes matou dois irmãos adolescentes, que fontes hospitalares descreveram como civis.

O Exército israelense negou que seus ataques estejam vinculados à violência entre as facções. Os bombardeios ocorreram depois que militantes de Gaza dispararam foguetes contra a cidade israelense de Sderot, ferindo duas pessoas. Os foguetes continuaram caindo durante o dia no sul de Israel, apesar dos bombardeios contra Gaza.

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