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A família de Indi Gregory enfrenta uma longa batalha judicial para que a filha de apenas oito meses continue vivendo
A família de Indi Gregory enfrenta uma longa batalha judicial para que a filha de apenas oito meses continue vivendo| Foto: Reprodução/ONG Christian Concern

A bebê britânica Indi Gregory, de apenas oito meses, nasceu com uma doença rara mitocondrial, que demanda uma série de cuidados médicos e não tem cura, até o momento.

Com poucos meses de vida, a menina já se encontra em uma batalha judicial longa, após a justiça do Reino Unido decidir suspender o tratamento que ela realiza em um hospital do país.

"Com o coração pesado, chego à conclusão de que os fardos do tratamento invasivo superam os benefícios. A dor experimentada por essa pequena garota não se justifica quando confrontada com uma condição incurável, uma expectativa de vida muito curta e nenhuma perspectiva de recuperação", disse o juiz Robert Peel no processo que autoriza o desligamento dos aparelhos.

No entanto, um apelo feito pelos pais de Indi, Dean Gregory e Claire Staniforth, abriu caminho para reverter a eutanásia passiva determinada pela justiça britânica.

A bebê recebeu cidadania italiana nesta segunda-feira (6) e a oportunidade de ser transferida para um hospital de Roma, a fim de continuar seu tratamento ao lado da família.

A medida foi aprovada pelo Conselho dos Ministros da Itália, logo depois da Alta Corte de Justiça de Londres autorizar o desligamento dos aparelhos.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, prometeu fazer o que pudesse para “defender” a vida de Indi. “Dizem que não há muita esperança para a pequena Indi, mas até o fim farei o que puder para defender sua vida”, afirmou em suas redes sociais.

No mesmo sentido, o hospital pediátrico do Vaticano, Bambino Gesu, se ofereceu para cuidar da paciente.

Os pais da criança tentavam há semanas uma transferência para a Itália, no entanto a justiça do Reino Unido novamente tomou uma decisão contrária na semana passada, afirmando que eles não poderiam levá-la para outro país nessa situação.

O hospital do Vaticano chegou a enviar uma carta solicitando a transferência, porém o juiz disse que não havia provas de que tratamentos experimentais melhorariam a qualidade de vida da paciente.

Segundo ele, a saída do Reino Unido apenas traria mais “angústia e sofrimento à menina”.

O caso de Indi é o mais recente de uma série de outros semelhantes que ocorrem no Reino Unido, onde famílias entram em conflitos longos com a justiça sobre o tratamento de crianças com doenças incuráveis.

Outro episódio recente aconteceu com uma jovem cristã inglesa, de 19 anos, identificada pela família como Sudiksha Thirumalesh, que morreu em setembro, depois que um tribunal a impediu de procurar tratamento experimental para sua rara doença no Canadá.

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